O Conselho Europeu de Editores entrou com uma queixa antitruste nesta sexta-feira (11) contra o Google. O órgão reclama do negócio de publicidade digital do gigante das buscas. A queixa pode também fortalecer a investigação de Margrethe Vestager, chefe antitruste da União Europeia, sobre o assunto.
Só em 2020, o Google faturou US$ 147 bilhões com anúncios online. Isso é maior do que qualquer outra empresa do mundo. Busca, YouTube e Gmail representaram a maior parte das vendas e lucros gerais da big tech. Cerca de 16% da receita veio do setor de exibição ou rede da empresa, com outras companhias de mídia usando a tecnologia do Google para vender anúncios em seus sites e aplicativos.
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Em junho do ano passado, a Comissão Europeia já havia aberto uma investigação para apurar se o Google favorece os próprios serviços de tecnologia de publicidade online em detrimento de rivais, anunciantes e editores online. Agora, o Conselho de Editores alega que a plataforma tem um domínio adtech sobre os editores de imprensa.
“Já é hora de a Comissão Europeia impor medidas ao Google que realmente mudem, não apenas desafiem seu comportamento. O Google alcançou o controle de ponta a ponta da cadeia de valor de tecnologia de anúncios, ostentando participações de mercado de até 90-100%”, disse o presidente do EPC (sigle em inglês do conselho), Christian Van Thillo, em comunicado à agência internacional de notícias Reuters.

Nos últimos anos, o Google foi multado em cerca de € 8 bilhões, ou US$ 9,2 bilhões, por Margrethe Vestager. Entre os problemas, três casos foram de práticas anticompetitivas.
Em sua defesa, o Google afirma que os editores se beneficiam dos serviços. “Quando os editores optam por usar nossos serviços de publicidade, eles mantêm a maior parte da receita e todos os anos pagamos bilhões de dólares diretamente aos parceiros de publicação em nossa rede de anúncios”, disse um porta-voz da companhia.
Via: Reuters
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