Intel compra fabricante de chips israelense por US$ 5,4 bi

A Intel adquiriu a fabricante de chips Tower Semiconductor em um negócio de US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões na cotação atual)
Por Gabriel Sérvio, editado por Karoline Albuquerque 15/02/2022 12h03, atualizada em 16/02/2022 11h24
Fachada da empresa Intel
Sundry Photography/Shutterstock
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A gigante Intel adquiriu a fabricante de chips Tower Semiconductor em um negócio de US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões na cotação atual). A empresa confirmou a nova aquisição nesta terça-feira (15). 

Segundo a Reuters, a ideia da Intel é reforçar a sua posição no mercado em meio a alta demanda por semicondutores e a escassez global de chips no mercado, algo que segue prejudicando a manufatura de itens em diversos setores, desde smartphones até carros.

Profissional manipulando um chip, diante da crise dos chips
Intel comprou a fabricante de chips israelense Tower Semiconductor. Imagem: H_Ko/Shutterstock

Para Pat Gelsinger, atual CEO da Intel, o portfólio de tecnologia da Tower junto ao seu alcance geográfico, é algo que “ajudará a escalar os serviços” da Intel no nicho de chips.

A transação deve ser concluída nos próximos 12 meses e foi aprovada por dois conselhos. O acordo, entretanto, ainda está sujeito a outras aprovações regulatórias.

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Ações da Tower saltaram após o anúncio

A israelense Tower (antiga TowerJazz) é especializada em chips usados na indústria automotiva. Após a confirmação da venda, seus papéis subiram quase 50% na Nasdaq.

A companhia, que valia cerca de US$ 3,6 bilhões antes do negócio, já vinha investindo em equipamentos em suas fábricas em Israel, Texas e Japão para aumentar a capacidade de produção. Vale ressaltar que a Tower opera atendendo empresas que projetam chips, mas preferem terceirizar o processo de fabricação.

O negócio permanecerá independente até o fechamento da compra. Em seguida, será integrado a divisão ‘Intel Foundry Services’ (IFS), criada no ano passado especialmente para acelerar a capacidade de fabricação de semicondutores da empresa.

“Este acordo permitirá que a Intel ofereça uma variedade atraente de tecnologias diferenciadas – abrindo novas oportunidades para clientes existentes e futuros em uma era de demanda sem precedentes por semicondutores”, finalizou Gelsinger.

Vale lembrar que a gigante norte-americana disse em janeiro que investirá US$ 100 bilhões para construir o “maior complexo de fabricação de chips do mundo”. Uma estratégia que visa reduzir a dependência dos Estados Unidos de fabricantes de chips asiáticos.

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital