TSE confirma nova etapa de implementação do Documento Nacional de Identidade; veja o que muda

Gabriel Sérvio18/02/2022 17h08, atualizada em 18/02/2022 17h13
Ilustração 3D. Impressão digital. Conceito de identidade digital
Imagem: ktsdesign/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou no início deste mês uma nova etapa da implementação do Documento Nacional de Identidade (DNI). Seu objetivo é unir vários documentos em um só lugar, como a identidade (RG), o Cadastro de Pessoa Física (CPF), título de eleitor, entre outros. 

De início, saiba que a emissão começa a partir de março para servidores da Justiça Eleitoral e órgãos públicos. Segundo o TSE, esta é uma forma de aprimorar o processo antes de liberar a novidade para mais brasileiros.

“Essa experiência inicial é fundamental, pois, por se tratar de um documento digital, é importante seu uso de forma escalonada, possibilitando a implementação de melhorias que se mostrem necessárias antes da disponibilização ao grande público”, disse o TSE em comunicado.

Fachada da sede do TSE
TSE anunciou uma nova etapa da implementação do Documento Nacional de Identidade. Imagem: rafastockbr/Shutterstock

A previsão para agosto é que a emissão do DNI seja liberada para os cidadãos com domicílio em Minas Gerais. A identidade digital chegará primeiro no estado em razão de um convênio firmado junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

A meta é que o documento seja disponibilizado em outros estados até o fim de 2022. Entretanto, a expectativa é de que a emissão para toda a população só esteja disponível a partir de fevereiro de 2023.

Como surgiu o DNI?

O projeto de lei da identidade digital foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado em maio de 2017. Sua implementação segue lenta desde então. Em 2018, o TSE chegou a fazer anúncios sobre a implantação do documento e chegou a ser divulgada uma parceria com os Correios para auxiliar na emissão em todos os municípios do país.

A pandemia foi um dos fatores que acabou prejudicando o andamento da iniciativa, já que desacelerou a coleta da biometria dos eleitores pelo TSE, uma etapa considerada essencial para a emissão do DNI. Atualmente, a Justiça Eleitoral possui dados biométricas de cerca de 120 milhões de brasileiros.

A criação do DNI envolve a colaboração dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para criar uma base de dados unificada. O ponto de partida escolhido foram os dados de biometria do TSE, motivo pelo qual o tribunal acabou coordenando o projeto.

O que muda com a identidade digital?

A expectativa é que no futuro o DNI seja um importante meio de identificação do cidadão. A identidade digital acabará, por exemplo, com a necessidade das provas de vida com comparecimento, além de reduzir os golpes e fraudes por identidades falsas.

A partir de março, por meio de um aplicativo desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), os funcionários do TSE vão poder solicitar o documento. O DNI utilizará um sistema seguro de certificação de autenticidade que usa tecnologias de compactação e criptografia para converter as informações do documento em um QR Code.

Além de gerir e emitir a Identidade Digital, o TSE também certificará outros órgãos para a expedição do documento para facilitar o acesso por parte da população. Vale destacar que somente quem fez a coleta biométrica (foto facial e impressão digital) poderá ter acesso ao DNI.

Leia mais:

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.