Planos da Intel podem beneficiar AMD no mercado de chips

Gabriel Sérvio20/02/2022 15h32, atualizada em 20/02/2022 15h33
Chip de processamento da Intel (processador Intel Core) na mão de um engenheiro
Crédito editorial: Tester128 / Shutterstock.com
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A Intel está apostando alto no segmento de fabricação de chips para atender a demanda crescente do mercado por conta da escassez de semicondutores. Entretanto, segundo especialistas no setor de servidores e PC, quem pode sair ganhando com os seus planos é uma de suas principais concorrentes, a Advanced Micro Devices (AMD).

Mesmo com investimentos bilionários voltados para novas tecnologias de fabricação de chips, a Intel anunciou na última semana uma receita abaixo da média na sua divisão que atende o nicho de PCs. Segundo a empresa, outros negócios, como os de data center e inteligência artificial, também só devem ganhar espaço entre 2023 e 2026.

Com isso, as ações da companhia chegaram a cair 6% na última sexta-feira (18). O valor de mercado da AMD, inclusive, chegou a ultrapassar o da Intel após a empresa fechar um acordo de US$ 50 bilhões com a chinesa Xilinx. Agora, a AMD está US$ 1 bilhão abaixo do valor de mercado da rival, avaliada em cerca de US$ 182 bilhões.

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Série Ryzen 6000 (Imagem: divulgação/AMD)
Lisa Su, CEO da AMD, apresentando os novos chips de arquitetura Ryzen da linha 6000. Imagem: divulgação/AMD

Em servidores, a AMD tinha menos de 5% de participação de mercado em 2018, mas agora detém 15%. O número pode chegar a casa dos 25%, dizem analistas. Em PCs, a expectativa é de que a sua participação atinja 20% em relação à faixa atual de 18%. “Acreditamos que os ganhos de participação continuarão”, comentou Ruben Roy, analista da WestPark Capital.

Os investidores também não estão tão otimistas com os gastos agressivos envolvidos nos planos da Intel para os próximos anos. Para o analista Harsh Kumar, não há possibilidade de ameaça iminente à AMD mesmo com a nova estratégia da empresa. 

Antes líder absoluta no mercado de semicondutores, a Intel cedeu seu lugar para a Samsung no ano passado, a primeira vez desde 2018, revelam dados da Gartner. Já a AMD, subiu da décima quarta colocação para o décimo lugar.

Via: Reuters

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Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.