Em nova imagem, Hubble captura o que pode ser a fusão de três galáxias

Registro de objeto localizado a 681 milhões de anos-luz mostra todas as distorções causadas pela interação do trio de galáxias
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 21/02/2022 17h55, atualizada em 22/02/2022 10h26
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Provando que ainda desempenha muito bem o seu papel, o telescópio espacial Hubble registrou uma imagem do que parece ser a fusão de três galáxias em pleno progresso — com todas as distorções causadas e a mistura dos agrupamentos de estrelas.

A imagem é parte de um programa conhecido como “Zoológico Galático” (“Galactic Zoo”, no original em inglês), que incentivava astrônomos amadores a usarem os instrumentos do Hubble para observar e identificar os objetos mais distantes ou estranhos, para que especialistas possam analisar o material e fazer a devida pesquisa.

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Uma nova imagem do Hubble mostra o que provavelmente consiste de três galáxias se fundindo, há milhões de anos-luz da Terra (Imagem: ESA/Hubble & NASA, W. Keel, Dark Energy Survey, Department of Energy, Fermilab, Dark Energy Survey Camera, (DECam), Cerro Tololo Inter-American Observatory, NoirLab/National Science Foundation/AURA, Sloan Digital Sky Survey; Reconhecimento: J. Schmidt)

O que você vê na imagem acima é a fusão IC 2431, localizada há 681 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Câncer. Há uma densa nuvem de poeira cósmica deixando o centro mais escuro, porém a luminosidade de uma galáxia ao fundo deixa transparecer as suas extremidades.

Segundo as informações divulgadas, o material foi identificado há alguns anos por astrônomos amadores, por meio do instrumento ACS (Advanced Camera for Surveys) do Hubble. No projeto original, o “Zoológico Galático” juntou cerca de 100 mil voluntários que identificaram mais ou menos 900 mil objetos no espaço.

Em versões posteriores, foram incluídos “eventos” na pesquisa, como fusão de galáxias, supernovas e outros episódios cósmicos. Ao todo, o projeto é tido como o maior censo astronômico já executado, e fez em 175 dias o que um astrônomo demoraria a vida inteira para conseguir.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital