- Tela AMOLED de ótima qualidade
- Acabamento robusto e belo
- Teclado confortável e silencioso
- Integração com celulares Galaxy é boa
- Desempenho consistente (e será assim por anos)
- Webcam apenas com 720p?
- Som não é tão envolvente
Quando você quer o melhor e mais fino notebook para trabalhar, além de ser bem leve, as opções no mercado são bem escassas. De um lado a Apple oferece o MacBook Air e de outro a Dell entrega a linha XPS 13. Algumas empresas tentam encaixar seus produtos nessa lista VIP e uma delas é a Samsung com o Galaxy Book Pro.
Esse notebook é exatamente tudo que está no primeiro parágrafo: fino, leve e extremamente potente, mas com um detalhe extra que faz bonito: tela AMOLED. Ele também pega emprestado o nome Galaxy dos smartphones e tenta afinar a linha entre celulares e computadores, mas será que tudo isso faz sentido? Ele é realmente tão bom assim? Vem comigo, pois passei as últimas semanas trabalhando exclusivamente nesse PC, para te contar qual foi minha experiência.
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Review do Galaxy Book Pro (2021) em vídeo
Design
Eu não encontro outra palavra que defina melhor o Galaxy Book Pro do que: lindo. Esse notebook promove essa sensação desde a apresentação dele, na caixa. Ela sai do padrão de embalagens de papelão e vai direto para o lado Galaxy, pegando emprestado o visual utilizado para os smartphones.
Ela é branca, lisa e com uma fotografia do notebook no topo. É tão fina e leve quanto o próprio PC e já deixa claro que o produto no lado de dentro é premium. Passando para o próprio laptop, ele conta com acabamento misto entre alumínio e plástico, mas sem rebarbas ou recortes errados.

Tudo por aqui é bem encaixado, bem construído e esse cuidado vai até para parte inferior, com furinhos minúsculos para o ar circular, além de espaço para o áudio sair. No conjunto, a parte mais espessa tem pouco mais de 11 milímetros e o peso do notebook está marcado em 1,05 quilo. Ele é mais leve e fino que os dois principais concorrentes: Dell XPS 13 e MacBook Air com chip M1.

O apoio para os pulsos é áspero e a cor branca me agrada bastante, mas ainda prefiro tons mais escuros, principalmente em um lugar que vai receber o pulso por todo tempo que o usuário utilizar o notebook sem um teclado externo. Pode ser birra minha, e certamente é, mas sinto que esse branco não vai ficar nesse tom por muito tempo.
Mesmo sendo mais fino que o Dell XPS 13 e o MacBook Air, a Samsung lembrou que as pessoas usam coisas plugadas no notebook e não removeu conexões, ao menos não de forma exagerada. Por aqui temos duas portas USB-C, sendo uma delas com Thunderbolt 4, uma USB 3.2 em entrada tradicional, saída HDMI e plugue para fones de ouvido.

A recarga da bateria pode ser feita por qualquer USB-C disponível. Outro detalhe importante é a presença de um leitor de cartões microSD, que poderia ser SD convencional, mas já é bom não precisar levar um dongle para isso, né? Pro lado invisível, esse Galaxy Book Pro tem Wi-Fi 6 e Bluetooth 5.1.
Bom trabalho, Samsung.
Teclado e touchpad
Olhando para o teclado, o conforto é bacana se você já está acostumado com o espaço extra que as teclas ocupam em modelos da Samsung. Eu cheguei a errar algumas palavras de vez em quando, precisei de uma curva de aprendizado que levou uns três dias, mas no final deu certo.

As teclas são retroiluminadas, mas é importantíssimo deixar a luz apagada quando você não está em um local muito escuro. Digo isso por motivos de: a luz branca ilumina a parte preta da tecla, que é onde está o desenho da letra, em um entorno branco. Então fica tudo branco, quase impossível de ver alguma coisa. Em locais realmente escuros, esse problema desaparece.
O teclado está no padrão ABNT2, tem a parte numérica no lado direito e é extremamente silencioso. Um conforto muito bom para digitar de noite, sem acordar quem está logo ao lado. Um leitor biométrico no botão liga/desliga fecha o pacote. Ele não é o mais veloz do mercado, mas nunca errou a minha digital e logou no Windows com rapidez, então está bom.

Se no teclado a Samsung não errou em quase nada, no touchpad o cenário é basicamente o mesmo. Ele é generosamente largo e feito em textura, além de tom de branco diferente para você entender que saiu dele, sem olhar. A precisão do toque também é muito boa, aceitando todos os gestos do Windows 11 sem qualquer reclamação.
Outro ponto positivo.
Tela e som
Passando para tela, outro deleite. Por aqui o painel é um AMOLED com 15,6 polegadas, em resolução Full HD e proporção bem larga, em 16:9. Falar de algo que não é LCD é chover no molhado, ainda mais para Samsung que sabe como fabricar telas incríveis até para concorrência. A experiência de uso com esse display é ótima em qualquer situação.
As cores são vivas com vontade, o contraste beira o infinito, o brilho chega aos 500 nits sem dificuldade e os detalhes de toda cena saltam aos olhos. Os ângulos de visão também são muito, mas muito generosos para quem está do seu lado e quer ver as fotos das férias, ou o trailer do Miranha.
Se em imagem a sensação é ótima, beirando a perfeição, no som a cena não é exatamente essa. O problema por aqui é tamanho, pois é muito difícil ter caixa de som com grave presente, em um dispositivo tão fino assim. O áudio que sai por baixo do notebook é bacana, tem agudos bem presentes e médios também, mas os graves ficam meio perdidos.

Não chega a ser ruim. Eu vejo como uma consequência da corrida por um notebook tão fino. É o preço que você precisa pagar pela portabilidade elevada. Nem mesmo o suporte ao Dolby Atmos e a assinatura da AKG ajudam por aqui. É um problema físico.
Hardware e desempenho
Ainda em pontos elevados, o hardware também não faz feio. A Samsung vende o Galaxy Book Pro com uma configuração única por aqui, entregando um processador Intel Core i7 1165G7, de décima primeira geração e que faz seu trabalho em até 4,7 GHz – limite que geralmente não é alcançado por bastante tempo, já que ele esquenta bastante viu.
A GPU é integrada, uma Iris Xe, a RAM é de 16 GB em LPDDR4x e o armazenamento fica por conta de um SSD de 1 TB. Tudo roda com extrema facilidade, seja o Windows 11, seja qualquer programa leve ou pesado. Com essa ficha técnica é fácil garantir que essa tranquilidade na hora de abrir os apps vai seguir assim por alguns anos.
Em meu uso, que envolve Chrome, o Pocket Casts pros podcasts, reuniões com diversas plataformas como Meet, Zoom e Teams, WhatsApp e alguma edição de fotos no Affinity Photo, qualquer destes programas abriu instantaneamente, com exceção do editor de imagens que levou…três segundos.
Raramente a ventoinha era ativada, mas se você estiver trabalhando com algumas abas abertas e um editor como o Photoshop ou o Affinity Photo, saiba que o barulho do sistema de resfriamento chega a ser elevado.
Em software, o Galaxy Book Pro vem de fábrica com o Windows 10, mas logo de cara a sugestão para o upgrade para o Windows 11 chegou e eu aceitei. Com ele aparecem alguns programas da própria Samsung, como bloco de notas proprietário, galeria de fotos dedicada, além de um gravador de voz.
A ideia é criar um ecossistema Galaxy, nos moldes do que vem fazendo a Apple com os iPhones há bastante tempo. Funciona, mas com esse pacote também vem coisa menos animadora, como trial de antivírus – que pode ser desinstalado, ainda bem.
Bateria
Em bateria a comparação com o MacBook Air com M1 sai de cena e fica só o XPS 13. Por aqui a experiência foi próxima do notebook da Dell, isso significa que o Galaxy Book Pro segurou meu dia de trabalho, que envolveu muitas abas do Chrome, alguns vídeos no YouTube, podcasts no Pocket Casts e escrever muito no Google Docs, como esse roteiro de review.
O notebook desligou sozinho quando chegou em 3% de energia, já depois de ter terminado o trabalho…então conte mais de 10 horas de uso. Coloquei o carregador de 65 watts na porta USB-C e a bateria de 68 Wh levou pouco mais de duas horas e meia para chegar em 100% novamente.
Galaxy Book Pro: vale a pena?
Sim, muito. Se você busca um notebook extremamente fino, com desempenho de ponta para o trabalho, já que a GPU integrada não segura bem quase nenhum jogo pesado produzido nos últimos sete anos, junto de corpo muito leve e teclado confortável, assim como touchpad espaçoso e ainda quer um PC bonito na mesa, o Galaxy Book Pro é uma escolha muito acertada.

A tela AMOLED é um deleite, o processador, junto do SSD e RAM, garantem ótimo desempenho por anos seguidos e a Samsung faz isso com um display de 15 polegadas, maior que o concorrente na Dell, com o XPS e suas 13 polegadas. Talvez um ponto negativo esteja na resolução 720p para a webcam, que não condiz com tanto ponto positivo em todo o restante do PC.
No momento da publicação deste review, o preço do Samsung Galaxy Book Pro é de R$ 11,5 mil, pouca coisa abaixo dos mais de R$ 12 mil cobrados pelo MacBook Air com o elogiadíssimo Apple M1.
A vantagem para Samsung é que seu notebook custa a mesma coisa que o Dell XPS 13 e eu vejo esse modelo aqui como opção superior ao que a Dell oferece. O hardware é exatamente o mesmo, mas no lado da Samsung você tem tela maior, de melhor qualidade, mais portas e em uma carcaça mais fina, além de mais leve.
Então, sim, o Galaxy Book Pro é uma escolha melhor que a concorrência com Windows.
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Desempenho10.0
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Tela10.0
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Bateria9.0
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Software9.0
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Conectividade10.0
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Som7.0
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Teclado10.0
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Webcam7.0
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Design10.0
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Trackpad9.0
Samsung Galaxy Book Pro: ficha técnica
Tela: | AMOLED de 15,6 polegadas Full HD (1.920 x 1.080 pixels) 60Hz |
Processador: | Intel Core i7-1165G7 Octa-core com até 2,8 GHz (4,8 GHz máximo) |
RAM: | 16 GB LPDDR4x |
Armazenamento: | SSD NVMe 1 TB |
Webcam: | 720p (HD) |
Sistema Operacional: | Windows 10 (compatível com Windows 11) |
Conexões: | Wi-Fi 6E (2,4 GHz e 5 GHz) Bluetooth 5.1 1 HDM 1 USB-C 1 USB-C Thunderbolt 4 1 USB-A 3.2 |
Outros: | Leitor de cartões microSD, leitor de impressões digitais, teclado ABNT2 |
Bateria: | 68 Wh carregamento rápido de 65 watts |
Dimensões: | 355,4 x 225,8 x 11,7 mm |
Peso: | 1,05 kg |
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