Nova espécie de dinossauro é descoberta em Portugal

Por Flavia Correia, editado por Rafael Rigues 22/02/2022 16h48, atualizada em 23/02/2022 10h09
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Imagem: Mateus O, Estraviz-López D
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Dois pesquisadores afiliados à Escola de Ciência e Tecnologia NOVA e ao Museu de Lourinhã, em Portugal, encontraram evidências que sugerem que fósseis descobertos há 23 anos no país são pertencentes a uma nova espécie de Espinossauro (aquele dinossauro que é destaque no filme Jurassic Park III).

Dinossauro descoberto em Portugal se assemelha ao Espinossauro, destaque no filme Jurassic Park 3. Imagem: Universal Pictures

Batizada de Iberospinus natarioi, a espécie é descrita em um artigo publicado no jornal científico PLOS ONE, de autoria de Octávio Mateus e Darío Estraviz-López.

Acredita-se que os espinossauros tenham sido um dos maiores carnívoros que já caminharam na Terra. Eles eram longos, com pernas traseiras grandes e dianteiras pequenas, uma cauda comprida e uma enorme cabeça. Suas características se assemelhavam um pouco às de um crocodilo

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Eles viveram durante o período Mesozóico na África e em partes da Grã-Bretanha e da Europa, mais especificamente na Península Ibérica. Pesquisas anteriores sugerem que eles provavelmente passavam a maior parte de suas vidas na água, mas eram bastante capazes de perseguir presas em terra também.

Como os pesquisadores identificaram a nova espécie de dinossauro

Nesta nova abordagem, Mateus e Estraviz-López suspeitaram que os restos fósseis descobertos em 1999 perto de Cabo Espichel, em Portugal, haviam sido identificados erroneamente. Por muitos anos, acreditava-se que os restos mortais eram de um único Espinossauro conhecido como Baryonyx walkeri, então eles receberam o rótulo ML1190. Os fósseis incluíam vértebra dorsal, fragmentos de costela, um eixo púbico, fragmentos dentários, uma escápula parcial direita, uma falange e arcos neurais dorsais. Ao reexaminar os fósseis, os cientistas descobriram que eles pertenciam a uma criatura que provavelmente tinha 9 metros de comprimento e viveu cerca de 125 milhões de anos atrás.

Analisando onde estariam os nervos na mandíbula do animal e uma ponta reta na dentição (em vez de curvada como era com outros espinossauros), os pesquisadores encontraram evidências de uma espécie única. 

Eles também descobriram que o animal tinha um cume ósseo único em seu púbis e não tinha o tipo de projeções musculares vistas no Baryonyx. O nome Iberospinus natarioi é em homenagem à Península Ibérica, local onde foi descoberto, e a Carlos Natário, o arqueólogo amador que encontrou os fósseis.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

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Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital