A transferência de dados do Facebook entre União Europeia e Estados Unidos está na mira do órgão de fiscalização da Irlanda. Uma consulta com reguladores de outros países prevista para abril poderá prejudicar os negócios transatlânticos da empresa de Mark Zuckerberg. Em 2020, o Tribunal de Justiça Europeu anulou o acordo do Escudo de Proteção da Privacidade, celebrado com os EUA, citando preocupações de vigilância.
Após esse episódio, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda emitiu uma ordem provisória proibindo a transferência de dados, mas o Facebook contestou e conseguiu congelar a decisão no Supremo Tribunal irlandês.
Consequências devastadoras
Segundo o Facebook, caso ocorra uma paralisação na transferência de dados, as consequências serão devastadoras e irreversíveis para os negócios, tendo em vista que eles dependem do processamento de dados de usuários para veicular anúncios online direcionados.
Além do Facebook, outras empresas também podem sofrer interrupções, de acordo com o órgão regulador da União Europeia conhecido como DPC.

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Prazo curto para o Facebook
Agora, a Meta Platforms, proprietária do Facebook, tem 28 dias para se defender.
Segundo um porta-voz da Meta, a suspensão na transferência de dados “seria prejudicial não apenas para milhões de pessoas, instituições de caridade e empresas na UE que usam nossos serviços, mas também para milhares de outras empresas que dependem de transferências de dados UE-EUA para fornecer um serviço global”.
“É necessária uma solução de longo prazo nas transferências de dados UE-EUA para manter as pessoas, empresas e economias conectadas”, informou a Meta.
Inclusive, a Meta já ameaçou retirar tanto o Facebook quanto o Instagram da Europa justamente por essas restrições no compartilhamento dos dados.
Via: Reuters
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