A Meta, empresa que administra o Facebook, o Instagram e o WhatsApp revelou que pode sair do mercado europeu caso seja impedida pelas autoridades de compartilhar os dados dos usuários da Europa com os Estados Unidos. A hipótese foi mencionada para a Comissão de mercados no relatório anual da Meta, onde a companhia cita os planos futuros para suas plataformas e faz um balanços dos movimentos recentes.
Essa não é a primeira vez que a Meta trabalha com essa possibilidade. A discussão começou por conta de uma decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que considera o compartilhamento de dados entre Estados Unidos e UE ilegal. Com isso, a empresa precisa armazenar as informações de seus usuários em servidores localizados em solo europeu.
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Facebook fora da Europa
No entanto, a Meta argumenta que para que o funcionamento do Facebook e de suas outras plataformas ocorra de forma segura, é importante que os dados sejam mantidos fora da Europa. Ou seja, nos Estados Unidos. Por conta disso, a gigante menciona no relatório que pode deixar o continente caso seja impedida de realizar a transferência das informações.
A divulgação dessa projeção é uma forma de pressionar o tribunal. No relatório, o vice-presidente de Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg, diz que o fato não deve ser prejudicial apenas para o Facebook, mas também para quem depende de suas plataformas na Europa.
Essa não foi a única polêmica ligada com a divulgação do relatório. O documento revelou que, pela primeira vez desde sua fundação, o Facebook teve uma queda no número de usuários ativos diários. O fato representou uma queda de 25% no valor das ações da companhia.
Em nota, a Meta disse que não pretende sair da Europa e que apenas divulgou “que a incerteza contínua sobre os mecanismos de transferência de dados UE-EUA representa uma ameaça à nossa capacidade de atender aos consumidores europeus e operar nossos negócios na Europa”.
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