O governo chinês lançou mais uma missão em formato “rideshare”, na qual 22 satélites de vários clientes pegaram carona em um foguete Longa Marcha 8 que saiu do Wenchang Satellite Launch Center em 27 de fevereiro de 2022.

A missão viu o posicionamento de diversos satélites de observação da Terra em uma órbita heliossíncrona (alinhada com o Sol). Dos 22 objetos, 10 pertenciam à empresa chinesa Chang Guang Satellite Technology Corporation, que reforçou com eles a constelação Jilin-1, que tem a função de gerar imagens da Terra em altíssima resolução a cada 10 minutos.

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O foguete Long March 8, que deixou o centro de voo chinês para entregar 22 satélites ao espaço ao final de fevereiro
O foguete Longa Marcha 8, que deixou o centro de voo chinês para entregar 22 satélites ao espaço ao final de fevereiro
Imagem: CNAS/Divulgação

Além dela, a constelação Hainan, também de observação terrestre, recebeu quatro satélites na viagem do Longa Marcha 8. Esses, especificamente, estão observando o sul do Mar da China, no intuito de enviar dados em tempo real da região e permitir que o governo chinês responda mais rápido a qualquer tipo de incidente. Uma única imagem dessa constelação é capaz de cobrir cerca de 150 km e apresentar uma resolução de 1,55 metros por pixel.

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Um projeto específico e singular é o “Venstar”, um “micro-nano satélite” desenvolvido pela Universidade de Wuhan. Suas atribuições não foram divulgadas, mas a instituição afirma que ele é desenhado para desempenhar funções “com baixo custo, rápida construção e alta flexibilidade”. Seja lá qual for a sua serventia, o discurso dá a entender que um satélite desse tipo pode ser montado e lançado rapidamente, conforme a necessidade.

Este foi o segundo voo de um foguete Long March 8 (na China, Chang Zheng 8). O primeiro foi conduzido em 22 de dezembro de 2021 e, assim como o atual, também foi um sucesso. Ao contrário da anterior, porém, essa ocasião não fez uso de propulsores auxiliares nas laterais do foguete, que tem pouco mais de 50 metros de altura e um diâmetro de 3,35 metros. Ele tem dois estágios.

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Segundo os cientistas chineses, essa missão não previu o reuso do primeiro estágio, mas eles asseguram que isso é possível e deve ser adotado no futuro, o que deve reduzir os custos de produção e lançamento.

Este foi o quarto lançamento da China em 2022. O gigante asiático pretende superar o recorde de 2021, quando lançou 51 missões.

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