“A Starlink está salvando vidas”, diz vice-ministro da Ucrânia

Plataforma de internet via satélite da SpaceX chegou ao país para que guerra contra a Rússia não a deixasse incomunicável com o mundo
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 03/03/2022 16h32, atualizada em 04/03/2022 12h40
Satélite da Starlink
(Imagem: AleksandrMorrisovich/Shutterstock)
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Desde que a Starlink, plataforma de internet via satélite da SpaceX, passou a operar na Ucrânia, o país conseguiu se manter em comunicação com o resto do mundo durante a guerra movida contra ele pela Rússia. Segundo o vice-ministro Mykhailo Federov, a plataforma está “salvando vidas”.

Em uma postagem publicada no Twitter, Federov marcou os perfis da SpaceX, da Starlink e do CEO da empresa, Elon Musk, dizendo: “muito obrigado! A Starlink está mantendo as nossas cidades conectadas e serviços de emergência estão salvando vidas”. No mesmo tuíte, o político marcou empresas como Honda, DuroMax Power e Champion Generators – que oferecem geradores movidos a gasolina, pedindo por ideias de como contornar os ataques russos à infraestrutura da Ucrânia.

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Ao final de fevereiro, um funcionário do governo ucraniano pediu por ajuda ao bilionário Elon Musk, questionando-o sobre o que ele faria para ajudar o país. Pouco tempo depois, um tuíte do próprio Musk confirmou a ativação da Starlink na Ucrânia, prometendo também a entrega de diversas antenas da plataforma.

O serviço tem recebido elogios de seus usuários no país, que relatam boa velocidade de download e upload e conectividade bastante estável. Entretanto, isso gerou preocupações de que a Rússia pudesse retaliar, atacando estruturas essenciais e impedindo que as antenas se conectassem aos satélites.

Neste ínterim, o tuíte de Federov levantou novamente essa questão, e Musk mais uma vez respondeu, sugerindo o uso de baterias elétricas e painéis de energia solar – considerando que, ao contrário dos geradores a gasolina, eles não deixam assinaturas térmicas nem necessitam de combustível para se manterem em funcionamento.

No passado, Musk foi acusado de usar de uma situação ruim para tentar promover a SpaceX: em 2018, quando crianças ficaram presas em uma caverna na Tailândia, o bilionário sugeriu o uso de um equipamento experimental de resgate da empresa que, especialistas apontaram, não teria como funcionar. Em retaliação, Musk chegou a acusar um de seus detratores de pedofilia – e respondeu a um belo processo por isso.

Embora temores iniciais de que o CEO da SpaceX estivesse fazendo o mesmo agora tenham aparecido, a maior parte dos internautas em todas as redes sociais parece estar elogiando a ação da empresa, que só em fevereiro lançou 145 satélites da Starlink para reforçar sua cobertura de rede (e outros 47 hoje, 3/3) – eventualmente incluindo a Ucrânia, antes fora do rol de clientes atendidos pela plataforma.

Por ora, a Starlink vem ajudando os esforços de comunicação com a Ucrânia, o que é bom. A Rússia, porém, não sinalizou se isso pode ser considerado durante sua estratégia de invasão militar. Por essa razão, o uso da plataforma da SpaceX vem sendo feito com cautela.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital