Leitor de digital, reconhecimento facial e biometria de voz. Esses são alguns dos meios de autenticar usuários e prevenir fraudes atualmente em uso por diversos sistemas. O último, porém, ainda é pouco conhecido e levanta muitas dúvidas por parte de quem precisa de identificar.

A Minds Digital, IDTech especializada em identificação e autenticação por voz, listou alguns dos mitos e verdades sobre a biometria de voz, para esclarecer justamente essas questões dos usuários.

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Verdades sobre biometria de voz

Nenhuma voz no mundo é igual a outra: formato, tamanho das cordas vocais, músculo em volta da região e o modo como a pessoa usa a garganta para projetar a voz, até o modo como aprende a falar, são algumas das variáveis que definem a voz de uma pessoa. Por isso, a voz humana é única, considerando ainda genética e fatores de vivência.

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A biometria de voz identifica gêmeos idênticos: mesmo com a genética igual, há ainda outros fatores que podem diferenciar essas pessoas. Entre eles, estão hormônios, medicações, diferenças na musculatura da região e fatores ambientais. O ouvido humano até tem dificuldade de identificar, mas a inteligência artificial consegue distinguir os traços.

Biometria de voz é mais seguro que senha: de acordo com a Minds Digital, esse método de autenticação é melhor, pois não há como fraudadores conseguirem informações da vítima, através da engenharia social, para aplicar golpes com esse tipo de segurança.

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Mas, ela ainda precisa ser combinada a outros fatores de autenticação: seguro morreu de velho e quanto mais informações pessoais forem associadas à biometria de voz, melhor o processo de autenticação. A Minds Digital destaca, por exemplo, sua prevenção à fraude, que identifica quem está ligando, se realmente é um cliente, e se o CPF utilizado bate com a pessoa citada.

representação gráfica da emissão da voz
As ondas sonoras são transformadas em espectogramas, uma espécie de imagem. Imagem: peterschreiber.media – Shutterstock

Mitos sobre o reconhecimento da fala

A biometria não distingue vozes falsas: é uma dos mitos sobre o reconhecimento de fala. Quando alguém imita a voz do outro, copia apenas a forma de falar, mas sem igualar os fatores biológicos, como formato e tamanho de uma corda vocal. O ouvido humano até se engana, mas a tecnologia não.

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O método de segurança não funciona em lugares barulhentos ou com pessoas resfriadas: é outra mentira. As inteligências artificiais que identificam as vozes são capazes de distinguir diante de ruídos. Claro, há um limite para isso. É preciso que a voz seja ouvida do outro lado da linha. Em caso de voz anasalada por doença, a autenticação também pode ser feita, do mesmo modo que uma pessoa consegue reconhecer o outro.

Vozes masculinas e femininas são reconhecidas pela biometria: isso também é mito. As únicas características analisadas são timbre e entonação, únicos de cada pessoa, algo que também serve entre jovens e idosos. A voz até passa por alterações ao longo da vida, mas, mais uma vez, a forma e o tamanho das cordas vocais permanecem.

Biometria de voz só funciona com pessoas tagarelas: não é verdade. Um segundo é suficiente para identificar as características de voz de uma pessoa. Mas, uma autenticação mais efetiva exige pelo menos de 4 a 15 segundos.

Biometria de voz não traz retorno financeiro: de acordo com a Minds, é possível ter retorno financeiro assim que a solução está à disposição da empresa e ela a disponibiliza para o cliente final. Isso ocorre porque a biometria já consegue barrar fraudes no mesmo dia em que é instalada.

Qualquer empresa pode acessar o banco de dados: por último, mais um mito. Os bancos de dados da biometria de voz não são compartilhados entre empresas que adotam a tecnologia. Não são nem mesmo associados a dados sensíveis completos de clientes. Áudios também não são armazenados pela inteligência artificial. O que a tecnologia faz é transformar as ondas sonoras em espectogramas, uma espécie de imagem. Até por causa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Minds não permite o compartilhamento dessas imagens.

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