A Amazon está sofrendo um processo no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas, nos Estados Unidos, por acusações de práticas injustas no ambiente de trabalho, inclusive com flagrantes. O caso em questão foi arquivado no Distrito Leste de Nova York e envolve um ex-funcionário da empresa, Gerald Bryson, demitido no início da pandemia por conta da participação em um protesto que reivindicava mais segurança no armazém de Staten Island, conhecido como JFK8. 

Em sua defesa, a Amazon informou que Bryson violou sua política contra linguagem vulgar e de assédio durante um conflito com outro funcionário durante o protesto, mas a agência trabalhista considerou a demissão como uma retaliação ilegal. 

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Idas e vindas 

O processo já se estende por mais de dois anos e fez a agência trabalhista a solicitar a um juiz federal que force a Amazon a realizar mudanças por conta da eleição do sindicato que se aproxima, prevista para a próxima sexta-feira (25). 

A agência reivindica também a reintegração do trabalhador como medida cautelar que ateste a força do Conselho. Caso contrário, o órgão corre o risco de perder credibilidade entre os funcionários na luta pelos seus direitos. 

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“Não importa o tamanho do empregador, é importante que os trabalhadores conheçam seus direitos – principalmente durante uma eleição sindical – e que o NLRB os defenda com veemência”, informou em comunicado Kathy Drew King, diretora da agência que supervisiona o escritório regional.

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Amazon se defende 

Em nota, a Amazon informou que as provas contra Bryson são nítidas porque as agressões foram transmitidas pelas redes sociais, mostrando o ex-trabalhador com um megafone intimidando, xingando e difamando um colega de trabalho. 

“É confuso que eles estejam lutando para proteger um comportamento que nenhum empregador ou colega de trabalho deveria tolerar: Bryson foi transmitido ao vivo nas mídias sociais, intimidando, xingando e difamando uma colega de trabalho por um megafone”´, diz a nota.

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Motoristas do Amazon Flex fazem fila para retirar pacotes em um depósito da Amazon em Irvine, Califórnia, nos EUA; grupo está descontente com atuais valores diante dos aumentos no preço da gasolina. Imagem: Shutterstock

Em arquivamentos perante o juiz de direito administrativo, a agência trabalhista argumentou que a Amazon aplicou suas políticas de forma desigual contra Bryson em retaliação por seus protestos. A Amazon disse em seus documentos que conduziu uma investigação completa de boa fé antes de demitir Bryson.

Motoristas da Amazon fazem protestos 

Motoristas do programa Flex da Amazon e também do aplicativo de carona fizeram um protesto, nesta semana, para reivindicarem melhores rendimentos por conta dos constantes aumentos no valor da gasolina. 

Cerca de 50 parceiros se reuniram em frente ao armazém da empresa de Los Angeles, com cartazes e megafones. O preço da gasolina disparou nos Estados Unidos desde a invasão da Rússia na Ucrânia e está sendo cotado a US$ 4,27 o galão de 3,7 litros, com um reajuste de 75 centavos em relação ao valor anterior.  

No Amazon Flex, os motoristas utilizam os carros particulares para fazerem as entregas dos produtos comprados no site da gigante do varejo eletrônico e todos estão sentindo queda no faturamento. Em nota, a Amazon informou que está acompanhando a situação e que deverá anunciar medidas para amenizar os impactos  no bolso dos motoristas.

“Meu carro costumava encher com US$ 25, agora está mais perto de US$ 40. Estou gastando US$ 280 por semana e tenho sorte de ganhar de US$ 500 a US$ 700 durante o mesmo período”, informou um motorista à CNBC.

Uber e Lyft criaram sobretaxas

Diante dos aumentos, outras empresas de tecnologia criaram sobretaxas para compensarem os gastos dos motoristas, como Uber e Lyft. 

A empresa de entrega de alimentos DoorDash também criou um programa de recompensa de combustível por meio de um cartão de débito Visa pré-pago com reembolsos de 10% nos valores gastos.  

Via: The New York Times

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