O avião Boeing 737-800 da China Eastern Airlines caiu com 132 passageiros a bordo em uma área da província de Guangxi, localizada na região sul do país. A aeronave pegou fogo e o motivo do acidente ainda está sendo investigado. Alguns dados de rastreamento sugerem que o 737-800 perdeu altura de forma rápida antes de atingir o solo, pouco depois de perder o contato com o controle de tráfego aéreo.

A situação causou estranheza, uma vez que a tecnologia presente nos aviões comerciais acaba por tornar os voos cada vez mais seguros. Por outro lado, ainda não há garantia de aparelhos 100% à prova de acidentes. Inclusive, já ocorreu outra tragédia com o mesmo modelo, em novembro de 2021, um avião da Ryanair Boeing 737-800, que voava de Londres, na Inglaterra, para Bolonha, na Itália, colidiu com um bando de aves instantes antes de pousar.

De acordo com Celso Faria de Souza, Engenheiro Mecânico Aeronáutico, perito criminal do estado de Goiás e Diretor técnico da Associação Brasileira de Segurança de Voo, o que se sabe até o momento é que ninguém sobreviveu ao acidente e que a aeronave caiu em um ângulo de 90°, sendo uma descida de 6 mil metros em dois minutos.

Ele explicou que a partir dos vestígios que a queda deixa, a equipe de perícia tenta remontar a sequência de eventos que culminou o acidente. Pelas análises, Souza comentou que são três possibilidades: a primeira é falha estrutural, ou seja, uma parte do avião se soltou, a segunda seria no sistema de comando do voo por conta do automatismo e a terceira que pode ter sido um erro de peso e balanceamento.

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Além disso, Souza tranquilizou sobre o fato que já houve acidente antes com o mesmo modelo: “Apesar de ser da mesma linha, são aeronaves completamente diferentes”. Segundo o perito criminal, é a primeira vez que ocorre um grande acidente com vítimas do 737-800, sendo uma “aeronave extremamente segura, com histórico sensacional e confiável”.

Souza enfatizou que o avião é o “segundo meio de transporte mais seguro do mundo, perdendo somente para o elevador, até andar a pé é mais perigoso”. Já sobre quando teremos mais respostas sobre a investigação do acidente do Boeing 737-800, ele disse que se tudo ocorrer de acordo, será em torno de 4 meses.

Assista a entrevista completa no Olhar Digital News:

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