A agência espacial russa Roscosmos anunciou a interrupção das colaborações com a NASA e outros órgãos espaciais na Estação Internacional Espacial. De acordo com Dmitry Rogozin, diretor da Roscosmos, a cooperação só será restabelecida caso as potências ocidentais acabem com as sanções econômicas impostas à Rússia devido à guerra na Ucrânia.
Via Twitter, o diretor da agência russa disse que o objetivo das sanções é destruir a economia russa e espalhar desespero e pobreza no país. “É por isso que eu acredito que a restauração das relações normais entre parceiros da Estação Espacial Internacional e outros projetos é possível apenas com a remoção completa e incondicional das sanções,” que, de acordo com Rogozin, seriam ilegais. A partir de agora, a Roscosmos enviará propostas às autoridades russas para encerrar os trabalhos com a Nasa e outras agências ocidentais.
Resta saber como isso poderá afetar os trabalhos – e até mesmo a existência – na Estação Espacial Internacional. Ela não pertence a nenhum país, sendo operada em conjunto por Rússia, Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Japão.
A ISS não é o único programa espacial com futuro incerto após a invasão da Ucrânia e consequentes sanções impostas à Rússia. Em março, a Roscosmos colocou o futuro dos satélites de internet OneWeb em questão caso o governo do Reino Unido não se desfaça das ações na empresa. Em resposta, a Agência Espacial Europeia anunciou a suspensão da missão ExoMars, que seria feita em parceria com a Rússia.
Se a Rússia sair, o que acontece com a ISS?
Em uma sessão de perguntas e respostas em seu site oficial, a agência espacial americana (NASA) respondeu a questões sobre o que aconteceria caso a Rússia decidisse – sem aviso prévio – deixar a Estação Espacial Internacional (ISS). Spoiler: não seria nada bom, mas não da forma que você imagina. Leia mais no artigo especial produzido pelo Olhar Digital.
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