Um estudo realizado pelas universidades de Bath, Cardiff, Manchester e King’s College London mostrou que o sistema de processamento do cérebro de pessoas autistas não é tão diferente quanto o que era pensado anteriormente.  

Sabe-se que o cérebro processa informações utilizando dois sistemas. O primeiro serve para julgamentos intuitivos mais rápidos, enquanto o segundo serve para o pensamento racional mais lento.  

publicidade

Leia também!

Anteriormente, acreditava-se que os sistemas de processamento psicológico de pessoas diagnosticadas com autismo funcionavam de maneira diferente, tendo em vista as dificuldades sociais que estas pessoas podem sofrer ao decorrer da vida.  

publicidade

Os pesquisadores realizaram uma série de testes com mais de mil autistas e diversos grupos controles. Durante o estudo, foi possível notar que os voluntários com o transtorno do espectro autista não tiveram nenhuma alteração no pensamento rápido.  

A equipe relata que o estudo é de grande importância para que o suporte educacional, clínico e no local de trabalho seja redesenhado, descartando a ideia de que autistas possuem dificuldades de processamento mental.  

publicidade
Mãos segurando uma fita estampada com um quebra-cabeça colorido
Estudo desmente mitos sobre sistema de processamento psicológico de autistas. Imagem: SewCream/Shutterstock

“Existe uma tradição de investigar as dificuldades mentais no autismo. entender as semelhanças psicológicas entre os diferentes grupos. A Universidade de Bath está fazendo um trabalho inovador sobre isso, mostrando que muitas vezes há mais que nos une do que nos divide, e nossa nova pesquisa sobre neurodiversidade é mais um passo nessa direção”, disse o professor de psicologia Punit Shah.  

“Se continuarmos a dizer às pessoas autistas e à sociedade em geral que as pessoas autistas ‘pensam de forma diferente’ – por mais bem-intencionadas que sejam – isso levará a estereótipos e auto estereótipos, de tal forma que as pessoas autistas ficam restritas a pensar em certas maneiras e, portanto, fazer certos trabalhos. Nossa pesquisa não apoia essa ideia e, em vez disso, indica que as pessoas autistas geralmente pensam de maneira muito semelhante às pessoas não autistas e não devem ser restritas a determinadas tarefas na educação e configurações do local de trabalho”, acrescentou. 

publicidade

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!