A Universidade de Brasília (UnB) lançou um satélite que vai permitir a comunicação em áreas do Brasil onde não há sinal de telefone. Na sexta-feira (1º), o nanossatélite Alpha Crux, de apenas 10 centímetros, pesando 1 quilo e movido a energia solar, entrou em órbita.
O equipamento em formato de cubo é o primeiro desenvolvido pela UnB a chegar ao espaço, viajando em um foguete Falcon 9 da SpaceX. Através de sinais de rádio, o satélite busca melhorar a comunicação em áreas isoladas do país.
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O Alpha Crux (ou Alfa Cruz) recebeu esse nome por causa de uma estrela da constelação Cruzeiro do Sul. Ele ficará a 500 quilômetros do solo durante dois anos. Alunos e professores da UnB vão monitorar os dados quatro vezes ao dia. A pesquisa é coordenada pelo professor Renato Alves Borges, do departamento de engenharia elétrica.
De acordo com o acadêmico, o satélite opera de modo a se tornar uma repetidora digital. Algo similar ao que faz uma torre de celular da qual o aparelho vai pegar o sinal que está sendo enviado, refletindo para a terra. Borges citou ainda que caso, por exemplo, alguma condição climática atrapalhe as torres, o equipamento vai resolver o problema.
Além do uso nas telecomunicações, o Alpha Crux pode ainda ser usado para coleta de dados do solo e clima em regiões remotas, ajudando na agricultura. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) investiu R$ 2,2 milhões na criação do satélite da UnB.
Com o lançamento do satélite da instituição brasiliense, a coordenadora de satélites e aplicações da Agência Espacial Brasileira (AEB). Adriana Correa, deseja ver outras universidades seguindo o mesmo caminho e estimulando os estudantes.
“Para que o estudante tenha realmente uma oportunidade de fazer um projeto e colocar a mão na massa, não estar só ali na teoria, mas que eles possam estar mais próximos dessa área espacial”, disse, em entrevista ao portal G1.
Via: G1
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