Agências utilizam inteligência artificial para criar perfis falsos no LinkedIn

Por Matheus Barros, editado por Lucas Soares 11/04/2022 14h50, atualizada em 11/04/2022 16h48
Imagem mostra o logotipo do LinkedIn aberto em uma página web; uma lupa está posicionada em cima do logotipo, aumentando seu tamanho
Crédito: IB Photography/Shutterstock
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Pesquisadores do Observatório de Internet de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram que agências terceirizadas estavam utilizando inteligência artificial para criar perfis falsos no LinkedIn a fim de atrair potenciais clientes às empresas que os contratam.  

A descoberta foi feita após o pesquisador Renée DiResta receber uma mensagem de uma usuária chamada Keenan Ramsey lhe oferecendo serviços de telecomunicações. O cientista percebeu que o avatar do perfil tinha falhas comuns de fotografias criadas por inteligência artificial, como falhas no cabelo, falta de um par de brincos e fundo borrado.  

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DiResta recebeu a mesma mensagem de outro usuário e decidiu chamar seu companheiro Josh Goldstein para investigar o caso. Eles encontraram outros mil perfis falsos criados por agências dos Estados Unidos.  

Segundo o material divulgado, o foco desses perfis é conseguir contatos de clientes em potencial, como nome, e-mail e telefone. O perfil fake iniciava a conversa e depois um atendente humano dava continuidade no bate-papo.  

As agências optaram por esta tecnologia para burlar as regras do LinkedIn, que não permite a utilização de fotos de outras pessoas em um perfil. Desta forma, as fotos usadas eram feitas exclusivamente para cada fake.  

Agências utilizam inteligência artificial para criar perfil falsos no LinkedIn

“Nossas políticas deixam claro que cada perfil do LinkedIn deve representar uma pessoa real. Estamos constantemente atualizando nossas defesas técnicas para melhor identificar e remover perfis falsos de nossa comunidade, como fizemos nesse caso”, relatou uma porta-voz do LinkedIn sobre o caso.  

Os pesquisadores disseram que as imagens utilizadas nestes perfis falsos do LinkedIn são produzidas por uma tecnologia chamada de Generative Adversarial Network (GAN, na sigla em inglês).  

A tecnologia funciona por aprendizado de máquina e tende a melhorar sua qualidade com o decorrer do tempo, tornando mais difícil a diferenciação do que foi criado para o que é real. Essas imagens já podem ser encontradas em bancos de imagens. 

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.