Micro rôbos serão implantados no cérebro de humanos para tratar distúrbios

Por Matheus Barros, editado por André Lucena 13/04/2022 19h39, atualizada em 13/04/2022 20h17
Imagem de um cérebro sendo tocado por uma mão humana. Projeto brasileiro de mapeamento cerebral será financiado pela Chan Zuckerberg Initiative, do cofundador do Facebook
Imagem: PopTika/Shutterstock
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A startup Bionaut Labs criou micro robôs capazes de entrar no crânio e tratar distúrbios no cérebro. A empresa já planeja seus primeiros testes em seres humanos para os próximos dois anos.  

Os micro robôs podem ser injetados no corpo e serão cuidadosamente guiados até o cérebro utilizando ímãs. “A ideia do micro robô surgiu muito antes de eu nascer”, relatou o cofundador e CEO da empresa responsável pelo experimento, Michael Shpigelmacher. 

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“Um dos exemplos mais famosos é um livro de Isaac Asimov e um filme chamado ‘Fantastic Voyage’, onde uma equipe de cientistas entra em uma nave espacial miniaturizada no cérebro, para tratar um coágulo de sangue”, contou. 

Os pesquisadores decidiram utilizar energia magnética para impulsionar os micro robôs, pois esse tipo de tecnologia não prejudica a saúde dos seres humanos. As bobinas magnéticas são colocadas fora do crânio do paciente e são conectadas em um computador para que os robôs sejam guiados até as áreas afetadas no cérebro.  

Em um ensaio externo, os cientistas conseguiram fazer com que o robô perfurasse uma bolsa com líquido. Espera-se que ele faça o mesmo no cérebro, perfurando cistos cheios de líquido.  

Micro rôbos
Imagem: Divulgação/Bionaut Labs

A empresa já usou seus micro robôs em animais de grandes portes e descobriu que eles são seguros para os humanos. Caso aprovados, eles poderão agir em casos da síndrome de Dandy-Walker, uma malformação cerebral que afeta crianças.  

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, concedeu a autorização para a Bionaut Labs realize teste clínicos para tratar a síndrome de Dandy-Walker, bem como gliomas malignos – tumores cerebrais muitas vezes considerados inoperáveis. 

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.