Em busca por soluções e ferramentas tecnológicas, as agências de publicidade estão encontrando tendências digitais nos Estados Unidos para serem implantadas por aqui. Afinal, os norte-americanos são os que mais investem no setor, segundo pesquisa realizada pela agência de dados e tecnologia Zenith.

No Brasil, a publicidade digital deve se igualar à tradicional até 2023, segundo levantamento da PwC. Apesar de ainda não liderar, o setor já convive atualmente com um claro movimento de importação dos EUA, principalmente se tratando de ferramentas tecnológicas.  

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Movimento é fruto de análise crítica 

Segundo Kristian Bottini, CEO global da 270B, agência especializada em publicidade digital nos Estados Unidos e que acaba de chegar ao Brasil, o movimento se dá após uma análise crítica feita pelo próprio setor. 

“A maioria das agências brasileiras perceberam que estão encontrando algumas dificuldades para se comunicar com o seu público-alvo, sejam eles clientes da área B2B ou B2C. Nos Estados Unidos, após a implementação de Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, NFTs, Metaverso, entre outras ferramentas tecnológicas disponíveis, observamos que as marcas conseguiram passar a ser mais assertivas em suas ações. Por isso, é fundamental que o Brasil também comece a investir nessa linha de atuação”, avalia.

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equipe agência de publicidade
Foto (da esquerda para a direita): Mauricio Fernandes, diretor de operações da 270B Brasil; Alessandra Bottini, CEO da 270B Brasil; Kristian Bottini, CEO global da 270B; e Marcelo Melo, diretor de operações da 270B nos EUA Imagem: Divulgação / 270B

De acordo com Bottini, a implementação de novas tecnologias no cenário abre uma gama de possibilidades. Porém, para que esse processo realmente atinja os resultados esperados, será necessário que esteja alinhado com o contexto atual do mercado publicitário brasileiro. 

“A efetivação dessas ferramentas disruptivas abre espaço para a realização de campanhas mais criativas e capazes de trazer um engajamento maior junto ao público final, além de facilitar a comunicação das agências com os clientes. No entanto, é preciso dizer que isso exige um trabalho de adaptação. Replicar sem contar com este cuidado não irá gerar um trabalho eficiente. É preciso encarar essas soluções atuais como novas opções no leque, até para não forçar uma ação desconexa com a realidade”, explica. 

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Case de sucesso

A chegada dessas novas tecnologias na publicidade abre a possibilidade do mercado brasileiro contar com uma variedade de ações diferenciadas, que muitas vezes já se mostraram eficientes no contexto norte-americano. Exemplo disso foi um trabalho idealizado pela própria 270B para o Avocados From Mexico (AFM) no Super Bowl. 

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Na ocasião, foi realizado um projeto inovador, se baseando no conceito de metaverso para apresentar uma série de ações e atividades interativas ao público através de um espaço virtual desenvolvido pela agência. Com a ação, o AFM apresentou números impressionantes nos 15 dias anteriores à partida. 

Nesse período, foram registrados mais de 1 milhão de visualizações nas ativações, fazendo com que ela disputasse a liderança no número de menções nas redes sociais. Além disso, o trabalho garantiu um engajamento de 64% de impressões positivas nas redes sociais do cliente. 

Portanto, as agências de publicidade brasileiras estão na crista da onda, explorando com maestria as principais novidades do setor.   

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