A diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, está sendo acusada de ter usado sua influência para impedir que o tablóide Daily Mail, do Reino Unido, publicasse duas histórias sobre seu então namorado, Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, segundo uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ).

De acordo com o jornal, em duas ocasiões, uma em 2016 e uma em 2019, Sheryl Sandberg teria entrado em contato com o MailOnline, que é a versão online do Daily Mail, para impedir a publicação de notícias sobre uma ordem de restrição impetrada a Kotick por sua ex-namorada.

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Nas duas ocasiões, a diretora de operação do então Facebook conseguiu fazer com que a história não fosse investigada e, posteriormente, que reportagens sobre o caso não fossem publicadas. Agora, a Meta está fazendo uma investigação para apurar se Sandberg violou alguma política da empresa.

Ameaças nas entrelinhas?

De acordo com o WSJ, Kotick disse que Sandberg ameaçou o tablóide inglês em 2016, dizendo que se fossem publicados artigos sobre a ordem de restrição, isso poderia prejudicar o relacionamento da publicação com o Facebook. O CEO da Activision Blizzard nega que tenha dito isso.

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Bobby Kotick teve uma ordem de restrição contra ele impetrada por uma ex-namorada. Crédito: Thomas Hawk/Flickr

Três anos depois, em 2019, o Daily Mail voltou a apurar a história para publicar um artigo. Quando a diretora de operações da Meta ficou sabendo do caso, enviou um e-mail para o presidente da controladora do tablóide, que encaminhou a mensagem para o editor-chefe da publicação, Martin Clarke.

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Após uma troca de e-mails entre o chefe e o  subordinado, pela segunda vez, a matéria não foi ao ar. Apesar das denúncias de pressão por parte de Sandberg, fontes internas do Daily Mail ouvidas pelo WSJ disseram que não se sentiram ameaçadas pela diretora de operações da Meta.

Em nota, uma porta-voz da Meta declarou que Sheryl Sandberg nunca ameaçou o relacionamento comercial entre MailOnline e Facebook para influenciar decisões editoriais da publicação. Segundo a representante da empresa, o WSJ tenta fazer conexões que não existem.

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Via: The Verge

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