Vênus e Júpiter vão aparecer alinhados no céu na manhã de 30 de abril

Evento deve acontecer antes do nascer do Sol e, embora mais fácil de ver pelo telescópio, entusiastas a olho nu terão chance de acompanhá-lo
Por Rafael Arbulu, editado por Acsa Gomes 28/04/2022 12h34, atualizada em 29/04/2022 15h15
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Dois dos objetos mais brilhantes do nosso sistema solar, Vênus e Júpiter devem se alinhar em conjunção na madrugada do próximo sábado (30), para deleite de observadores e astrônomos independentes.

De acordo com a NASA, os planetas deverão parecer como se “estivessem colidindo”, e embora a ocasião seja mais destinada a quem tem um telescópio em casa, alguns entusiastas podem ter a sorte de acompanhar tudo a olho nu, dependendo da região onde moram.

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Uma “conjunção planetária” é, de forma resumida, a passagem de um corpo planetário perto de outro, segundo o ponto de vista da Terra. Não há bem um consenso do quão perto isso deve ser – apenas o suficiente para que a passagem permita visualizar ambos – mas a maioria dos especialistas aceita que uma pequena variação de graus entre um e outro já é suficiente.

Vale lembrar que a conjunção de Vênus e Júpiter não é a primeira de abril: desde o dia 4, no começo do mês, Marte e Saturno têm se mostrado em alinhamento para observadores – esta, mais evidente para espectadores a olho nu. Como esse alinhamento ainda está ocorrendo, existe uma pequena chance de que, para alguns observadores, os quatro planetas apareçam no céu em uma linha reta.

Na conjunção de sábado, para quem conseguir observá-la, Vênus será o planeta mais brilhante e posicionado na parte baixa, mais à direita, ao passo em que Júpiter ficará um pouco mais opaco, acima e à esquerda.

No centro da imagem, bem pequenos, podemos ver Marte e Saturno próximos entre si. Registro foi feito pela NASA no começo de abril
No centro da imagem, bem pequenos, podemos ver Marte e Saturno próximos entre si. Registro foi feito pela NASA no começo de abril (Imagem: NASA/Reprodução)

A situação é relativamente parecida com um eclipse, como os que vivenciamos aqui na Terra e que envolvem o nosso planeta, a Lua e o Sol. Entretanto, eclipses normalmente ocorrem entre corpos que, visualmente, se apresentam em tamanho próximo. É por isso que, quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, vemos nossa estrela ficar obscurecida – por estar mais perto da nossa visão, a Lua aparenta ser tão grande quanto o “astro-rei”.

No caso da conjunção de sábado, o termo mais apropriado é “trânsito”, pois um corpo menor acaba passando na frente de um corpo infinitamente maior (Júpiter é tão massivo que cabem cerca de 1,4 mil “vênuses” dentro dele), como se uma mancha passasse por um desenho em tela.

Não será o evento mais notável da astronomia, mas ainda assim, deve ser uma boa razão para observadores entusiastas levantarem mais cedo no final de semana. A ocasião deve ocorrer um pouco antes do nascer do Sol. Quando o céu ficar iluminado, os planetas já estarão relativamente separados em direções opostas.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.