Os elétricos de primeira geração Mustang Mach-E e F-150 Lightning da Ford poderão adotar baterias de fosfato de ferro (LFP), em um movimento para aliviar as preocupações com fornecimentos. Isso em paralelo ao aumento de produção dos veículos da marca movidos a eletricidade.

Tais sinais surgem diretamente de Jim Farley, CEO da Ford, que durante a última teleconferência de resultados da empresa, indicou essa possibilidade. Tendo em vista, por exemplo, recentes considerações sobre turbinar a produção da picape elétrica F-150 Lightning, as declarações do executivo possuem uma certa base.

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“Sim. Estamos trabalhando no LFP há algum tempo”, disse o CEO da Ford. “O que quero dizer com isso é que a engenharia de soluções LFP em nossa primeira geração de produtos é algo que vemos como uma grande oportunidade de avançar rapidamente”.

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Baterias de fosfato de ferro podem se encaixar em modelos mais baratos

Bom, as baterias de fosfato de ferro oferecem uma série de benefícios para os elétricos, mas sua ampla integração tem sido um desafio. Mais em conta (muito pela ausência de níquel e cobalto), tais células também apresentavam menor densidade em energia do que as células de bateria tradicionais – logo, menor alcance, algo não muito atrativo para as montadoras.

Porém, a tecnologia LFP vem melhorando com o passar do tempo, de forma que pode fazer sentido seu uso em veículos elétricos de baixo custo (e de alcance menor também). Ao mesmo tempo, libera a produção de células de bateria com outros produtos químicos mais densos em energia para produzir modelos mais acima da média.

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Inclusive, a Tesla já vem agindo nesse sentido, como vimos em outubro do ano passado. Na época, os sinais eram de que a montadora de Elon Musk já estava trabalhando com a fabricante chinesa Contemporary Amperex Technology Co. Limited (CATL) para o fornecimento de baterias de fosfato de ferro – e a empresa confirmou o uso de itens livres de cobalto em metade de sua produção de seus novos carros.

Ou seja, nada impede que a Ford passe a adotar esse tipo de procedimento. Dessa forma, garantindo baterias LFP nos EUA e no México para construir as versões de menor alcance de seus veículos, o aumento de produção de versões de maior alcance acaba sendo beneficiado.

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