Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (18) o primeiro caso da chamada varíola dos macacos no país. A doença teve casos registrados em países da Europa nos últimos dias. O paciente infectado também esteve no Canadá.

A informação é do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o paciente está internado em um hospital de Massachusetts em condição estável. Ele também está em isolamento desde a última quinta-feira (12).

A Dra. Erica Shenoy, do CDC, disse em entrevista coletiva que o infectado está melhorando, mas com sintomas que ainda exigem a internação. No entanto, a especialista destacou que a doença é rara e um surto dela é extremamente improvável.

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“Historicamente, é uma doença muito rara, com transmissão muito rara em todo o mundo. O que vimos no Reino Unido, na Espanha e na Europa, tem sido novo e isso nos preocupa, mas, acho que apropriadamente, as pessoas não devem ter medo agora”, declarou a médica.

O CDC ainda disse que faz o rastreamento do paciente e também dos casos registrados na Europa. “Não está claro como as pessoas nesses grupos foram expostas à varíola, mas os casos incluem indivíduos que se identificam como homens que fazem sexo com homens”, explica a Agência.

Varíola dos macacos

No último dia 7 de maio foi detectado um raro caso da varíola dos macacos no Reino Unido, o que gerou preocupação das autoridades. Desde então, pelo menos outras sete pessoas foram diagnosticadas com a doença em solo britânico.

O primeiro caso detectado no Reino Unido é de uma pessoa que havia estado recentemente na Nigéria, país com risco de transmissão da doença. Os outros casos são de algumas pessoas com conexões entre si, mas não todas, o que preocupa as autoridades. Essas pessoas provavelmente foram contaminadas em solo britânico.

Segundo a OMS, apesar dos casos, as chances de um surto no Reino Unido são extremamente baixas. No entanto, a Nigéria corre risco. “Como a fonte de infecção na Nigéria não é conhecida, permanece o risco de transmissão contínua neste país”, disse o órgão.

O país africano registra casos da doença desde 2017. Desde então, cerca de  241 casos foram confirmados e oito pessoas morreram vítimas da doença. Apenas em 2022 foram 15 casos confirmados. Outros lugares do mundo também tiveram casos da varíola dos macacos ligados a viajantes que estavam na Nigéria. 

A varíola dos macacos é da mesma família da varíola convencional, erradicada no mundo todo em 1980. A dos macacos, no entanto, é considerada bem menos grave e ocorre principalmente em países da África Central e Ocidental.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, apatia, inchaços, dor muscular e principalmente erupções na pele, que geralmente aparecem no rosto e depois vão para outras partes do corpo como mãos e as solas dos pés. Essas lesões geram coceira antes de cicatrizarem.

Normalmente, os casos são leves, semelhantes com a catapora, e passam em poucos dias. No entanto, um a cada 100 casos pode ser mortal, o que leva ao alerta do CDC. Não há tratamento comprovado contra a doença, mas a vacina da varíola tradicional já foi usada para controlar surtos anteriores, como em 2003.

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