Nesta segunda-feira (7), a National Broadcasting Commission, órgão regulador de radiodifusão da Nigéria, ordenou que as emissoras de rádio e TV do país devem passar a desconsiderar o Twitter como fonte de informações.

De acordo com o TechCrunch, a nova proibição surge dias após o governo nigeriano suspender as operações do Twitter no país. A suspensão ocorreu após a rede social ter excluído um tweet do presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari.

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Na mensagem publicada no microblog, o presidente ameaçava punir os separatistas da parte sudeste do país. Além disso, o governo também alegou que o Twitter tenta “minar sua existência corporativa”.

Bandeira da Nigéria
Nigéria ordena que emissoras de TV e rádio desconsiderem o Twitter. Imagem: Shutterstock

Desde sábado os nigerianos não conseguem acessar seus perfis no Twitter, pois, as operadoras de telecomunicação do país restringiram o acesso à plataforma. No entanto, grande parte da população ignorou a decisão do governo e passou a utilizar VPNs e outras ferramentas alternativas para entrar na rede social.

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Para amedrontar a população e garantir o efeito oficial da proibição imposta, o procurador geral da Nigéria e ministro da Justiça, Abubakar Malami, emitiu uma nota oficial solicitando que diretor do Ministério Público da Federação (DPPF) da Procuradoria Geral da Federação e do Ministro da Justiça entre em ação e inicie um processo de acusação de infratores que não respeitarem a nova lei do governo.

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Consequências da proibição

A medida tomada pelo governo da Nigéria repercutiu negativamente em todo o mundo. Uma declaração conjunta da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido expressa a decepção com a proibição e pede que o governo de Buhari reavalie a decisão.

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Após a pressão externa, o governo nigeriano adotou um discurso mais brando, afirmando que a proibição seria temporária. “Tem havido uma série de problemas com a plataforma de mídia social na Nigéria, onde a desinformação e notícias falsas espalhadas por ela tiveram consequências violentas no mundo real”, disse a nota oficial.

O porta-voz do governo apontou que o Twitter permitiu “a difusão de mensagens religiosas, racistas, xenófobas e falsas que podem separar alguns países”.

No entanto, a declaração divulgada hoje pela Nigéria deixa claro que a rusga entre o governo e o Twitter segue firme. O órgão regulador de radiodifusão apontou que as emissoras que não respeitarem a decisão estarão adotando uma atitude “antipatriótica”.

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