Pela primeira vez em sua história de 12 anos, a Xiaomi registrou uma queda nas vendas, com um declínio na receita trimestral por conta das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. De janeiro a março, a terceira maior fabricante de smartphones do mundo acumulou US$ 10,9 bilhões em vendas, uma redução de 4,6% em relação ao mesmo período de 2021. O prejuízo líquido ficou em 587,6 milhões de yuans. No ano passado, a empresa teve um lucro de 7,8 bilhões de yuans.
Crise na cadeia de suprimentos
Grande parte do prejuízo foi ocasionado pela crise na cadeia de suprimentos, principalmente em razão dos bloqueios que prejudicaram as maiores fábricas de chips de Xangai, sem falar nas paralisações no porto da cidade, o maior do mundo.
Além disso, houve ainda a influência da queda da confiança do consumidor devido à inflação, os conflitos geopolíticos e todos os impactos negativos dos lockdowns.
Com todos os entraves, a Xiaomi acabou tendo uma redução de 17,8% nos embarques globais, ficando mais distante das pioneiras Samsung e Apple. Além disso, a guerra na Ucrânia e os lockdown podem reduzir em até 200 milhões de unidades de smartphones nas remessas previstas para este ano.
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Isso porque as fábricas chinesas dominam o mercado de semicondutores, materiais escassos no momento em uma crise que já afeta inúmeros setores da economia.
Apesar das dificuldades, há previsões otimistas para o segundo semestre deste ano, principalmente no que diz respeito ao aumento no consumo de eletrônicos.
Mesmo representando 60% de sua produção, os smartphones já não são os únicos dispositivos produzidos pela Xiaomi. A empresa também está investindo em ar condicionados, smart TVs, tablets, laptops e eletrodomésticos conectados.
Via: Bloomberg
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