A Bélgica registrou três casos de varíola dos macacos e, para conter o avanço da doença, foi recomendado o isolamento por 21 dias de pacientes confirmados ou suspeitos em Flandres. Essa é a primeira região do mundo a recomendar a quarentena para evitar a disseminação da varíola dos macacos.

Em comunicado, a agência de saúde local informou que “até que a possibilidade de infecção não seja descartada ou que tenha passado, o paciente deve ficar em isolamento até as lesões secarem e curarem, tipicamente em 21 dias”.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), já a varíola dos macacos já foi detectada em 14 países na Europa e na América do Norte. A Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga como começou a transmissão.

Mãos de homem com varíola
Varíola dos macacos ocorre principalmente em países da África Central e Ocidental. Imagem: Reprodução/OMS

Brasileiro é o primeiro infectado por varíola dos macacos na Alemanha

Na sexta-feira (20), a Alemanha anunciou o primeiro caso de varíola dos macacos nos país. O caso foi identificado pelo Instituto de Microbiologia da Bundeswehr em um brasileiro de 26 anos.

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O paciente apresentou erupções cutâneas, um dos sintomas característicos da doença, após chegar na Alemanha. O brasileiro passou por Portugal, Espanha e estava há mais de uma semana em Munique, no sul da Alemanha.

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O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é da mesma família da varíola convencional, erradicada no mundo todo em 1980. A dos macacos, no entanto, é considerada bem menos grave e ocorre principalmente em países da África Central e Ocidental.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, apatia, inchaços, dor muscular e principalmente erupções na pele, que geralmente aparecem no rosto e depois vão para outras partes do corpo como mãos e as solas dos pés. Essas lesões geram coceira antes de cicatrizarem.

Normalmente, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias. Porém, os sintomas começam a surgir entre 10 e 14 dias após a infecção. A transmissão é feita por meio de contato direto com animais ou pessoas contaminadas, além de objetos infectados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o risco endêmico da doença é extremamente baixo, pois a doença é uma zoonose, ou seja, transmitida de animais para seres humanos.

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