Ter uma altura acima da média pode te dar uma série de vantagens no cotidiano, como alcançar um produto que esteja no alto em um supermercado ou trocar uma lâmpada. Porém, um novo estudo apontou que ser mais alto que a média pode ser um problema e uma causa colateral de doenças no longo prazo.

A pesquisa, comandada por pesquisadores do Rocky Mountain Regional VA Medical Center, no estado do Colorado, nos Estados Unidos, examinou mais de 280 mil adultos estadunidenses, confirmando algumas suspeitas de que a altura pode ter ligação com uma série de doenças comuns.

“Usando métodos genéticos aplicados ao programa VA Million Veteran, encontramos evidências de que a altura adulta pode afetar mais de 100 características clínicas”, declarou o autor principal do estudo, Sridharan Raghavan.

Mais de 100 doenças podem ter ligação com a estatura

Estudo analisou dados de mais de 250 mil militares presentes em um banco de dados. Crédito: Christopher Lyzcen/Shutterstock

Entre as condições que podem ter ligação com a altura estão neuropatia periférica, úlceras de extremidades inferiores e insuficiência venosa crônica, que podem causar uma redução na qualidade de vida dos pacientes. Além desses pontos, a altura pode estar ligada a mais de 100 características clínicas.

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Não é de hoje que os cientistas já sabem que pessoas mais altas correm maior risco de diferentes tipos de câncer e condições como rompimento da aorta e embolias pulmonares. Por outro lado, a baixa estatura está ligada a maiores chances de doença coronariana, derrame, doença hepática e distúrbios de saúde mental.

Porém, ainda havia ficado claro se a altura era a única condição para o aumento do risco desta lista de doenças. Outros aspectos de condições ambientais como má alimentação ou efeitos socioculturais podem ser prejudiciais, já que podem afetar a altura de uma pessoa.

Novo estudo foi além

Porém, este novo estudo foi além de meras comparações de altura e analisou relatórios médicos, com uso de dados genéticos vinculados aos registros clínicos de mais de 200 mil pessoas brancas e 50.000 pessoas pretas de um programa de saúde focado em militares da reserva dos EUA.

Os pesquisadores usaram um método para relacionar genes com funções conhecidas à presença de doenças, em que a equipe tentou combinar milhares de variações genéticas que são conhecidas por influenciar a altura de uma pessoa com outras mil características associadas à doenças.

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Entre os voluntários, a altura média foi de 1,76, com os resultados corroborando estudos anteriores que concluíram que pessoas com altura acima desta média tinham menor risco de desenvolver problemas relacionados a condições cardiovasculares, como hipertensão e doença cardíaca coronária.

Em contrapartida, homens mais altos eram mais propensos a problemas como fibrilações e varizes, além de infecções da pele e dos ossos, e um tipo de dano nervoso nas extremidades, condição conhecida como neuropatia periférica.

Via: Science Alert

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