No futuro, SpaceX deverá usar a Starship para entregar satélites da Starlink

Satélites da plataforma de internet são transportados pelo foguete Falcon 9, mas Elon Musk ambiciona um sistema mais eficiente para eles
Por Rafael Arbulu, editado por Acsa Gomes 07/06/2022 12h36, atualizada em 08/06/2022 15h16
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Durante uma entrevista e, paralelamente, em seu próprio perfil no Twitter, o CEO da SpaceX, Elon Musk, confirmou que pretende usar a nave orbital Starship para entregar a próxima geração de satélites da plataforma de internet Starlink.

Atualmente, os satélites da plataforma são entregues à órbita da Terra por meio dos foguetes Falcon 9 mas, segundo Musk, a próxima geração deles será mais robusta e pesada, inviabilizando esse método.

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Normalmente, o Falcon 9 (e seu primo mais “fortinho”, o Falcon Heavy) alçam entre 50 e 60 satélites por viagem ao espaço. Esse volume, no entanto, é impossível para a chamada “Starship 2”, a próxima geração do produto. Para isso, seria necessária uma nave mais forte, com maior capacidade de carga – aí entra a Starship.

Conforme o tuíte acima, a ideia de Musk é simples, mas nem por isso pouco ambiciosa: a nave Starship (atualmente, testando o seu protótipo SN24 enquanto aguarda a aprovação ambiental da autoridade aeroespacial dos EUA) foi projetada para conduzir missões de transporte interplanetário – de cargas e de pessoas. Essa “carga” pode muito bem ser um conjunto de satélites.

Mas não acredite apenas na nossa palavra: segundo uma apresentação dada pelo próprio Musk a funcionários da SpaceX na última semana, já sabemos até como isso será feito – uma pequena saída localizada próxima ao topo da Starship seria acionada, liberando os satélites no espaço quando a nave passasse pela posição desejada.

Imagine ver a Starship agindo como um dispenser de satélites: esse é um futuro que Elon Musk já vem cogitando para sua nave de classe orbital
Imagine ver a Starship agindo como um dispenser de satélites: esse é um futuro que Elon Musk já vem cogitando para sua nave de classe orbital (Imagem: SpaceX/Reprodução)

Em termos práticos: um dispenser parecido com aqueles que despejam álcool-gel, só que em proporções orbitais e com custo de alguns milhões de dólares.

Claro, nada disso pode sair do campo da teoria por enquanto: a já mencionada aprovação ambiental da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) é um passo obrigatório para que a Starship possa fazer sua estreia e, sem ela, Musk pode construir e testar quantos protótipos quiser, mas a nave não sairá do chão.

E infelizmente para a SpaceX, essa avaliação já foi adiada mais vezes do que nós nos importamos de contar (foram cinco): a última notícia sobre o assunto, aliás, foi um novo adiamento, agora jogando o prazo final para 13 de junho – a próxima segunda-feira.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.