Uma cobra píton birmanesa fêmea de quase 5,5 metros de comprimento e 97 kg foi encontrada por uma equipe do Conservancy of Southwest Florida, uma organização de defesa do meio ambiente dedicada a proteger a água, a terra e a vida selvagem daquela região.

Maior cobra píton já encontrada na Flórida tem quase 5,5 metros e pesa 97 kg. Imagem: Conservancy of Southwest Florida

De acordo com a entidade, o animal é a maior cobra dessa espécie já encontrada em toda a Flórida, que é um estado norte-americano conhecido por abrigar muitas dessas serpentes.

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Por meio de seu programa de pesquisa reconhecido nacionalmente, os biólogos do Conservancy of Southwest Florida usam transmissores de rádio implantados em “cobras-escoteiras” machos para entender os movimentos das pítons, bem como seu comportamento de reprodução e uso do habitat. 

As cobras-escoteiras machos podem levar os cientistas até os grupos, permitindo a remoção das fêmeas reprodutivas e seus óvulos em desenvolvimento da natureza.

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“Como você encontra uma agulha no palheiro? Você poderia usar um ímã e, da mesma forma, nossas cobras-escoteiras machos são atraídas pelas maiores fêmeas ao redor”, disse Ian Bartoszek, biólogo da vida selvagem e gerente de projetos de ciência ambiental da organização. “Nesta temporada, rastreamos uma cobra macho chamada Dionísio, também conhecida como Dion, até uma região do oeste de Everglades que ele frequentava por várias semanas. Sabíamos que ele estava lá por uma razão, e a equipe o encontrou com a maior fêmea que vimos até hoje.” 

Os biólogos encontraram 122 ovos em desenvolvimento dentro do abdômen do animal, o que estabelece um novo recorde de maior número de ovos que uma píton fêmea pode potencialmente gerar em um ciclo de reprodução. 

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Foram encontrados 122 ovos em desenvolvimento dentro do abdômen da cobra, o que representa um número recorde. Imagem: Maggie Steber/National Geographic, via Conservancy of Southwest Florida

Além disso, uma avaliação do conteúdo digestivo da cobra encontrou núcleos de casco, determinando que um veado adulto teria sido sua última refeição.

A descoberta, que foi documentada pela National Geographic, destaca o impacto contínuo das espécies invasoras, que são conhecidas pela reprodução rápida e esgotamento da vida selvagem nativa circundante.

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“A remoção de pítons fêmeas desempenha um papel fundamental na interrupção do ciclo de reprodução desses predadores que estão causando estragos no ecossistema de Everglades e tomando fontes de alimento de outras espécies nativas”, acrescenta Bartoszek. 

Criado em 2013, o programa de captura de cobras píton da organização já foi capaz, até o momento, de remover mais de mil cobras de um raio de aproximadamente 160 km quadrados no sudoeste da Flórida.

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