Engenheiros alemães testam robôs lunares próximo ao vulcão Etna, na Itália

Segundo os especialistas, a região se assemelha às depressões e subidas dos terrenos da Lua, onde poderão capturar e analisar amostras de solo
Por Rafael Arbulu, editado por André Lucena 04/07/2022 15h59, atualizada em 04/07/2022 16h47
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Pequenos robôs de exploração e coleta de amostras lunares estão testando suas habilidades nos arredores do Monte Etna, um dos vulcões mais ativos da Itália e, provavelmente, de toda a Europa.

Os chamados Lightweight Rover Unit (LRU) 1 e 2 foram desenvolvidos pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla alemã) como veículos de locomoção especializados em terrenos acidentados, íngremes ou qualquer outro adjetivo que fuja da descrição de “reto”.

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De acordo com seus criadores, o terreno do Etna é lotado de cascalho enegrecido pelas constantes atividades vulcânicas, o que o torna convenientemente similar ao que se vê na superfície da Lua. Os robôs (um deles, curiosamente, muito similar ao protagonista da animação WALL-E, da Pixar e Disney) foram desenvolvidos para trafegar e rodar análises com o mínimo de interferência humana.

Tanto o LRU-1 como o LRU-2 são equipados com câmeras na parte alta de suas cabeças, além de um braço mecânico capaz de capturar e armazenar amostras de solo. O braço ainda conta com feedback háptico, dando a cientistas que os controlam a habilidade de “sentir” as rochas coletadas. Por meio de um laser espectroscópico, eles também podem fazer análises de composição química.

“Times de robôs móveis terão um papel importante em missões espaciais do futuro”, disse Armin Wedler, gerente de projetos da DLR. “Ao operar em times heterogêneos, os robôs complementam e apoiam uns aos outros com diferentes capacidades”.

Durante o teste, os robôs foram colocados em diversos contextos: em um, eles fizeram extensivo uso do laser para analisar a composição de rochas vulcânicas do tamanho de uma bola de beisebol, enquanto em outra situação, eles “entregaram” ditas amostras para um módulo de pouso simulado. Em um terceiro cenário, eles foram “controlados” por uma estação espacial simulada (na realidade, um drone autônomo que fez o mapeamento do terreno em 3D).

“Nós ganhamos muita experiência que nos ajudará no desenvolvimento de missões futuras”, disse por meio de um comunicado Thomas Krüger, da agência espacial europeia (ESA), que colaborou com o projeto.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.