A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, foi alvo de tentativa de ataque hacker, informou a entidade na terça-feira (12). De acordo com o BCE, a tentativa ocorreu “recentemente”, mas “foi identificada e interrompida de forma rápida”. Nenhuma informação da executiva foi comprometida.

“Podemos confirmar que houve uma tentativa de incidente cibernético recentemente envolvendo a presidente”, disse um porta-voz do Banco Central Europeu. “Não temos mais nada a dizer, pois uma investigação está em andamento.”

Segundo informações do Business Insider, o hacker entrou em contato com a presidente do Banco Central Europeu via SMS. Na comunicação, o anônimo, passando-se pela ex-chanceler alemã Angela Merkel, dizia que queria falar com Lagarde por WhatsApp porque era mais seguro.

Para isso, segundo informações da Reuters, o hacker pediu à executiva do Banco Central que divulgasse o código de autenticação que dá acesso à conta do WhatsApp vinculada ao número de telefone.

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A partir daí, Lagarde telefonou para Merkel para perguntar se ela realmente queria se comunicar pelo mensageiro. Descobriu-se então que quem estava por trás da tentativa aparentemente pretendia obter o controle da conta da executiva no WhatsApp e outros serviços.

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Agência alemã alertou para esquemas de phishing

Em carta datada de 4 de julho, segundo a Reuters, o BSI (Escritório Federal de Segurança da Informação, em alemão), órgão responsável pela cibersegurança na Alemanha, alertou os legisladores do país sobre o esquema — embora sem nomear possíveis alvos.

“Especificamente, os atacantes exploram a relação de confiança existente entre duas figuras políticas de alto escalão”, diz a carta, referindo-se a uma “campanha de engenharia social”.

Embora a tática de phishing seja antiga, o esquema de ataque hacker parece único, uma vez que consegue disfarçar a comunicação de políticos importantes, como Merkel e a presidente do Banco Central Europeu. “As partes afetadas que passam os dados de autenticação para os invasores perdem o controle sobre a respectiva conta”, adverte a entidade.

Com informações da Reuters

*Crédito da imagem principal: Obatala Photography/Shutterstock

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