Eclipse lunar total aponta mudanças de temperatura na Lua

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 18/07/2022 13h21, atualizada em 19/07/2022 16h32
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As imagens obtidas pelos satélites que acompanharam, em maio deste ano, o eclipse lunar total, revelaram mudanças dramáticas irregulares na temperatura de toda a superfície da Lua.

De acordo com o Observatório da Terra da Nasa, os satélites captaram uma série de imagens que mostram temperaturas variáveis na superfície do astro durante as quatro horas de duração do fenômeno, que é considerado o mais longo das últimas três décadas.

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Os sensores também observaram a intensidade da luz infravermelha que irradiava da superfície lunar, assim como, a temperatura de sua superfície, conhecida por “temperatura de brilho”. As medições mostram que houve variação de calor à medida que a sombra da Terra passava sobre a Lua.

O cientista de instrumentos, Denis Reuter, declarou ao Space que a temperatura cai a uma velocidade de 100ºC por hora quando o eclipse total começa. Isso ocorre porque a Lua carece de atmosfera capaz de reter calor, razão que explica a queda drástica de temperatura quando o calor do sol é bloqueado pela sombra da Terra.

Contudo, os cientistas observaram que as características físicas da superfície lunar também influenciaram as mudanças de temperatura observadas. Por exemplo, a superfície lunar é composta por uma poeira fina e rochosa conhcida por “regolito lunar”. O pequeno tamanho e a baixa densidade desta poeira solta contribuem para a perda de calor.

Uma curiosidade foi observada nas crateras na lua que, apesar de serem mais frias, perdem calor mais lentamente do que a superfície durante um eclipse lunar total.

As imagens de satélite mostram que quando uma das crateras estava na sombra total, criada pelo eclipse, parecia manter-se relativamente brilhante, ou quente, em comparação com o terreno ao redor.

Uma possível explicação é que as crateras contêm menos pó de grão fino ou mais material responsável por conduzir o calor.

De acordo com os investigadores, estas medições ajudarão a compreender melhor as relações entre as observações térmicas e a composição física da superfície de corpos celestes distantes.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.