Por que a fibra óptica é importante para um 5G mais rápido

Por Ana Luiza Figueiredo, editado por André Lucena 22/07/2022 12h19, atualizada em 22/07/2022 12h54
fibra 5g
Imagem: Shutterstock
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O 5G chegou ao Brasil, primeiro em Brasília, e logo se expandirá para as demais capitais brasileiras, mas a última geração de tecnologia sem fio, como todas as anteriores, precisa transferir seu tráfego para uma infraestrutura cabeada e de alta velocidade, e é aí que entra a fibra óptica.

“A primeira regra para construir uma rede sem fio é fazer com que os sinais saiam do ar e cheguem ao solo no primeiro ponto disponível”, disse Gary Bolton, que dirige a Fiber Broadband Association, ao CNET. “É como construir uma casa, você precisa de uma base sólida de infraestrutura. E a fibra é fundamental, porque é à prova de futuro.”

Além de ser uma tecnologia que deve demorar bastante para ficar ultrapassada, existem duas grandes razões técnicas para a fibra óptica ser fundamental para o sucesso do 5G.

A primeira diz respeito à necessidade de uma grande capacidade de transporte de dados. O 5G é capaz de conectar mais dispositivos e eventualmente pode até oferecer feedback em tempo real por exemplo para aplicativos de combustível, como carros autônomos e experiências avançadas em realidade aumentada. Assim, a grande capacidade de transporte de dados da fibra auxilia o 5G a ter mais sucesso.

Mas existe outra questão importante. O verdadeiro 5G depende de uma mistura dos chamados espectros de ondas médias e milimétricas, operando em frequências muito mais altas do que o espectro de banda baixa usado para implantar o 4G LTE.

Assim, com esse espectro de frequência mais alta, o alcance de transmissão é consideravelmente menor em relação às frequências de banda baixa usadas pelo 4G. Por isso, redes 5G que fazem uso de frequências de banda média em áreas rurais, necessitam de um número muito maior de torres de celular, e tais torres precisam de acesso maior à fibra óptica.

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“O futuro das redes 5G e realmente de qualquer rede de próxima geração depende de nossa capacidade de densificar, enriquecer e construir o máximo de fibra o mais rápido possível. Seja 5G, satélite de baixa órbita, wireless fixo, rede sem fio de pequenas células,” explicou Chip Pickering, CEO da Incompas, uma associação comercial que defende a política de concorrência em todas as redes.

Ele continuou afirmando que quanto maior o uso de fibra óptica, “mais ela permitirá que todos os outros tipos de tecnologias de rede sejam de alta capacidade, altamente confiáveis e redundantes”.

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Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.