Apesar de todo receio adicionado nos últimos dois anos às vacinas contra a Covid-19, diversos dados já apontaram para a eficácia e segurança de cada uma. No Brasil, de acordo com pesquisa da Farmacovigilância do Butantan, a vacina brasileira, CoronaVac, também é segura e muito pouco reatogênica, ou seja, quase sem reações.  

Segundo o levantamento, o imunizante, que foi desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, apresentou eventos adversos em menos de 1% das doses aplicadas em maiores de 18 anos no Brasil. 

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Ilustração de imunizante CoronaVac
CoronaVac apresenta eventos adversos em menos de 1% dos adultos. Imagem: cadu.rolim/Shutterstock

“A CoronaVac tem um perfil de segurança muito bom e vimos isso pela proporção entre o número de vacinados e o total de eventos adversos notificados”, explica a pesquisadora científica e responsável pela Farmacovigilância do Instituto Butantan, Vera Gattás. 

“Em números, isso significa que em cerca de 130 milhões de doses aplicadas no país, houve em torno de mil casos notificados de eventos adversos graves e 7.000 eventos adversos não graves, em ambos não chegam a 1% das doses aplicadas”, acrescenta Vera. 

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Estudos com crianças a partir de 3 anos também apresentaram bons resultados de segurança. As reações mais comuns foram locais, como dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação. 

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Diferença entre evento e reação adversa 

Eventos adversos são quaisquer ocorrências que acontecem após o uso de algum medicamento, soro ou vacina, podendo ter ou não relação com o produto usado.  

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Já as reações adversas são sintomas ou eventos prejudiciais que ocorrem após o uso do medicamento, soro ou vacina, com possibilidade de terem sido causadas pelo uso do produto. 

“Toda reação adversa é um evento adverso, mas nem todo evento adverso é uma reação adversa, e cabe à Farmacovigilância fazer esta distinção”, ressalta a especialista. 

Imagem referente à nota sobre quarta dose da vacina contra Covid-19
CoronaVac apresenta eventos adversos em menos de 1% dos adultos. Imagem: Pimen/Shutterstock

Entre os eventos adversos notificados à Farmacovigilância do Butantan, a maioria foi classificada como leve (grau 1) ou moderado (grau 2). São eventos esperados como dor no local da aplicação, febre ou dor no corpo, que se resolvem nos primeiros dias após a vacinação. 

“Estamos sempre atentos e de portas abertas para receber informações que possam indicar efeitos adversos da vacinação ou outros medicamentos produzidos no Butantan. Para isso, contamos com diversos canais de comunicação de onde acumulamos dados e fazemos um panorama que tem como objetivo monitorar os produtos fabricados visando fornecer informações para a avaliação da segurança, eficácia e qualidade do produto”, diz a pesquisadora. 

Para entrar em contato com o Butantan sobre eventos ou reações de quaisquer um de seus medicamentos, acione o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou os canais de comunicação oficiais do Instituto. 

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