Quem não adora dar um cochilo durante o dia, não é mesmo? No entanto, um estudo chegou para acabar com a tranquilidade dos dorminhocos, já que segundo a pesquisa, tirar sonecas frequentemente pode estar relacionado a um risco aumentado de derrame e hipertensão; entenda mais abaixo! 

A partir dos dados do Biobank, bio-repositório do Reino Unido que armazena amostras biológicas para uso em pesquisas, 358.451 pessoas consideradas “cochiladoras” foram análisadas. Dessas, 50.507 sofreram incidentes de hipertensão e 4.333 acidentes vasculares cerebral (AVC). As informações de saúde, quando correlacionadas, mostraram ainda que a maioria dentre o grupo eram do sexo masculino e fumavam, além de consumirem bebidas alcoólicas diariamente, terem níveis de escolaridade e renda mais baixos e sofrerem de insônia e ronco. 

Pessoas que cochilam frequentemente têm um risco maior de AVC e hipertensão. Imagem: shutterstock/fizkes

Segundo os resultados do cruzamento de dados, as pessoas que tiravam cochilos regulares, quando comparadas aos voluntários que raramente cochilavam, tinham um risco 12% maior de hipertensão e 24% maior de AVC. O risco foi maior em pessoas com menos de 60 anos. 

“Esses resultados são especialmente interessantes, já que milhões de pessoas podem desfrutar de uma soneca regular ou mesmo diária”, disse o anestesiologista E. Wang, do Hospital Xiangya Central South University, na China. 

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“Embora tirar uma soneca em si não seja prejudicial, muitas pessoas que tiram sonecas podem fazê-lo por causa do sono ruim à noite. Dormir mal à noite está associado a uma saúde pior, e as sonecas não são suficientes para compensar isso”, acrescentou o psicólogo clínico e especialista em sono Michael Grandner, da Universidade do Arizona. 

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Estudos anteriores já haviam relacionado o cochilo à hipertensão – cientistas registraram que a pressão arterial pode aumentar após um cochilo, levando, por extensão, a um possível derrame. O atual levantamento reforça os artigos já descritos e os pesquisadores não descartam uma relação causal. Contudo, eles destacam que é necessário mais pesquisas para entender como e por que uma coisa puxa a outra. 

A pesquisa foi publicada na Hypertension

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