Bomba da Segunda Guerra Mundial é descoberta em rio na Itália

Por Gabriel Caldini, editado por Lucas Soares 09/08/2022 14h54, atualizada em 16/08/2022 13h51
Bomba detonada
Imagem: reprodução
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Pescadores descobriram no dia 25 de julho uma bomba da Segunda Guerra Mundial em um trecho do Rio Pó, que fica próximo de Mântua, no norte da Itália. O dispositivo ficou visível graças a uma diminuição do nível da água em decorrência da pior seca que o país enfrenta em 70 anos.

A primeira medida tomada foi evacuar os cerca de 3000 habitantes das redondezas. Em seguida, especialistas militares cortaram o fusível da bomba e a levaram para uma pedreira a 45 km do local. Lá, ela foi destruída em uma detonação controlada. O dispositivo, de fabricação americana, pesava 450 kg.

A seca do Rio Pó – o mais longo da Itália – é apenas uma das consequências das ondas de calor extremas que estão atingindo o Hemisfério Norte em 2022.

Em junho, Roma atingiu os 40,5 ºC, sua temperatura mais alta já registrada. Durante essa onda de calor, o Rio Tibre, que passa pela cidade, secou tanto que expôs as ruínas de uma antiga ponte construída durante o reinado do imperador Nero, de 54 a 68 d.C. Essas ruínas somente aparecem em períodos de seca extrema.

Bomba da Segunda Guerra detonada

A seca em curso lavou a Itália a declarar estado de emergência no mês passado para as áreas em torno do rio Pó, responsáveis por cerca de um terço da produção agrícola do país.

Colheita maldita

A descoberta de bombas e munições das grandes guerras é uma ocorrência comum na Europa. Todo ano, na Bélgica e no norte da França, ocorre a ‘Colheita de Ferro’, na qual fazendeiros que estão arando seus campos coletam balas, estilhaços, explosivos não detonados, arame farpado e suportes de trincheiras da Primeira Guerra Mundial.

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Esses materiais são recolhidos pelo exércitos dos dois países e posteriormente detonados de maneira controlada. Todo ano, o Departamento de Remoção de Minas francês desarma cerca de 900 toneladas de munições e dispositivos bélicos.

Apesar de velhos e enferrujados, esses materiais estão longe de ser seguros. Desde 1946, aproximadamente 630 pessoas morreram ao entrar em contato com esses artefatos.

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Redator(a)

Gabriel Caldini é redator(a) no Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.