Ayman al-Zawahiri, líder do grupo terrorista al-Qaeda, foi morto durante o fim de semana em Cabul, capital do Afeganistão, conforme anúncio do governo dos Estados Unidos na última segunda-feira (1). Para conseguir realizar a ação, os militares utilizaram um míssil de última geração comandado remotamente, semelhante a um drone.

Chamado de Hellfire (sigla perspicaz em inglês para Helicopter Launched Fire and Forget ou “Fogo e Esquecimento Lançados de Helicóptero”, em tradução livre), o míssil é disparado por um drone e não é explosivo. Na verdade, esse equipamento possui seis lâminas em sua ponta que giram em alta velocidade, perfurando e dilacerando o alvo instantaneamente. 

O míssil é um dos mais usados pelos americanos em ações desse tipo e custa cerca de US$ 150 mil (R$ 725 mil). O dispositivo também é bem grande, com cerca de 1,6 metros de comprimento e pesa impressionantes 45 kg. Com todo esse poder, ele não é usado apenas para executar pessoas diretamente, também pode ser utilizado contra construções ou até mesmo para abater aviões. 

Diagrama do Hellfire (Imagem: Divulgação)

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Míssil Hellfire matou terrorista 

A justificativa para os EUA utilizar esse modelo é minimizar os dados, já que teoricamente um míssil explosivo poderia causar vítimas além do necessário durante uma missão. O dispositivo foi criado depois de um pedido do ex-presidente Barack Obama para que fosse evitado o abate de civis durante esse tipo de missão. 

Já o drone que dispara o Hellfire é um pouco mais “convencional”, o famoso drone Predator, utilizado pela Força Aérea dos EUA desde os anos 90, com 15 m de envergadura, mais de 500 Kg e uma autonomia de voo de mais de 1.200 km. Esse é considerado por muitos o drone mais poderoso do mundo. 

Drone Predator (Imagem: General Atomics)

Al-Zawahiri foi morto por volta das 6h da manhã do último domingo (31), de acordo com o anúncio do presidente Joe Biden. O terrorista era o atual líder da al-Qaeda e assumiu o posto após a morte de Osama Bin Laden, em 2011. Ele é acusado de ter coordenado ataques contra embaixadas americanas na África e também contra um navio da marinha dos EUA, que deixou militares mortos. Além, é claro, de ter participado da organização dos ataques de 11 de setembro.

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