Uma captura feita pelo Telescópio Espacial Hubble a cerca de mil anos-luz da Terra mais parece uma pintura em aquarela do que uma observação espacial – e o lendário observatório que está há 32 anos em operação é mestre em nos brindar com imagens assim.
Desta vez, o flagra é de uma paisagem vibrante ao redor do objeto Herbig-Haro HH 505, em um canto remoto da Nebulosa de Órion, de acordo com um comunicado emitido pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), que operam o observatório.

A nova imagem foi registrada pela Advanced Camera for Surveys (ACS) do Hubble, gerenciada por uma equipe de astrônomos que estuda as propriedades dramáticas dos fluxos de saída e discos protoplanetários.
Objetos Herbig-Haro são nuvens brilhantes ao redor de estrelas recém-nascidas. Tais estrelas podem ejetar ventos violentos ou jatos de gás ionizado em movimento rápido, o que pode criar ondas de choque celestiais quando colidem com gás e poeira próximos. No caso do HH 505, essas ejeções pulsantes saem dos polos de uma estrela chamada IX Ori, que gira nos limites distantes da vasta nebulosa.
Ondas de choque produzidas por essas saídas energéticas são facilmente visíveis pelos instrumentos do Hubble, juntamente com as correntes mais suaves de material estelar à deriva iluminado pela radiação ultravioleta. É essa observação direta que permite aos astrônomos entender mais sobre a formação e estrutura desses jatos giratórios e fluxos de explosão.
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Conforme destaca o site Space.com, a Nebulosa de Órion tem aproximadamente 24 anos-luz de comprimento e é o berçário estelar mais próximo da Terra, localizado na constelação de mesmo nome.
Essa região está frequentemente sob a mira dos cientistas e de equipamentos de observação. Esta observação em particular foi apenas um componente de um mosaico de tirar o fôlego feito pelo Hubble, que fundiu 520 imagens ACS renderizadas em cinco cores para criar o quadro mais nítido de todos os tempos da Nebulosa de Órion.
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