Cientistas resolveram o mistério das “bolas amarelas” (yellowballs), objetos cósmicos que foram detectados pela primeira vez em imagens produzidas pelo telescópio espacial Spitzer, que foi “aposentado” em janeiro de 2020.

Elas foram descobertas por voluntários trabalhando no “Projeto Via Láctea”, que analisam e classificam as imagens produzidas pelo telescópio para “ajudar os cientistas a melhor compreender como as estrelas se formam e descobrir algumas das estrelas mais massivas de nossa galáxia“.

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Entre 2010 e 2016, voluntários encontraram mais de 6.000 bolas amarelas. Cientistas pensavam que elas seriam “estrelas-bebê” com pelo menos 10 vezes a massa de nosso Sol, que estariam produzindo gigantescas bolhas de gás ionizado. O nome vem da aparência dos objetos nas imagens em colorizadas artificialmente produzidas pelo telescópio.

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Grace Wolf-Chase, astrônoma no Instituto de Ciência Planetária em Naperville, no estado norte-americano de Illinois, e seus colegas compararam 500 das bolas amarelas com catálogos já existentes de aglomerados estelares e outras estruturas para descobrir o que são.

E encontraram a resposta: “são jovens aglomerados de estrelas”. Eles “sopram” bolhas de material ionizado, similares às “bolhas estelares” criadas por estrelas de grande porte.

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Cientistas acreditavam que as "bolas amarelas" eram geradas por estrelas gigantes, mas na verdade elas são aglomerados de jovens estrelas. Imagem: Nasa/JPL-Caltech
Cientistas acreditavam que as “bolas amarelas” eram geradas por estrelas gigantes, mas na verdade elas são aglomerados de jovens estrelas. Imagem: Nasa/JPL-Caltech

Em termos astronômicos, as estrelas nestes aglomerados são bastante jovens, com apenas 100.000 anos de idade. “Penso nessas estrelas como se ainda estivessem no útero”, diz Wolf-Chase. Para comparação, as imensas estrelas em formação na nebulosa de Orion tem cerca de 3 milhões de anos e nosso Sol, já na meia-idade, tem 4,6 bilhões de anos.

Wolf-Chase espera que pesquisadores possam usar seu estudo para detectar bolas amarelas em imagens produzidas por telescópios como o James Webb, que deve ser lançado em Outubro deste ano, e descobrir mais sobre suas propriedades físicas.

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Fonte: Science News