Depois de cinco anos de espera desde a primeira apresentação oficial do Mercedes-AMG One no Salão de Frankfurt, foi dado o sinal verde para a produção do superesportivo alemão com motor de Fórmula 1.

Considerado o carro de produção mais rápido da marca alemã, a fabricação teve que ser adiada até agosto de 2022 por alguns obstáculos de desenvolvimento. Um deles foi encontrar uma maneira de fazer o motor V6 a gasolina de 1,6 litro “falar mais baixo” para atender os regulamentos europeus de emissão de ruído.

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Produção limitada e feita à mão

Ao todo, serão 275 exemplares do AMG One. Segundo o Motor1, os carros serão montados à mão em uma unidade da Mercedes AMG em Coventry, Inglaterra, enquanto a motorização híbrida e com quatro motores elétricos será fabricada em outras instalações da divisão de alto desempenho da Mercedes em Brixworth, também na Inglaterra.

Imagem: Mercedes-Benz/Divulgação

Cada veículo terá passar por 16 estações de montagem e testes em um processo descrito pela Mercedes como semelhante à produção dos relógios de luxo. Para ter uma ideia, serão 50 pessoas envolvidas na produção de cada unidade do hipercarro.

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Após a conclusão da construção, o veículo passará por outra bateria de testes, dessa vez na pista. No fim, um piloto profissional da empresa é quem aprova a entrega do veículo ao proprietário.

Em seguida, o modelo com 1.049 cavalos de potência é transportado até a cidade de Affalterbach, na Alemanha, sede da AMG. É lá que o proprietário recebe o seu veículo e uma espécie de aula técnica com especialistas da Mercedes sobre o AMG One.

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Os responsáveis pelo motor do AMG One são os mesmos que cuidam das unidades de potência para os carros de F1 da equipe Mercedes. Imagem: Mercedes-Benz/Divulgação

Mais detalhes sobre o AMG One

O esportivo mais radical da Mercedes até aqui tem tração nas quatro rodas e um motor de combustão que gira até 11.000 rpm. Sozinho, o V6 turbinado produz 566 cavalos de potência e fica em marcha lenta a 1.200 rpm, muito mais baixo que o motor de um carro de F1. Esta, inclusive, foi uma das maiores dores de cabeça durante o desenvolvimento do modelo. Diminuir o ritmo na marcha lenta foi fundamental para conseguir passar nos testes de emissões para carros de estrada na Europa, informou a Mercedes.

Quanto aos motores elétricos, há um para cada roda dianteira, produzindo 322 cv. Um terceiro motor elétrico envia mais 161 cv ao virabrequim, enquanto o quarto e último é ligado ao turbocompressor para adicionar mais 121 cv à mistura.

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Por fim, ainda há a bateria de 8,4 kWh, com energia suficiente para rodar por 18 km por carga, e a transmissão automatizada de sete velocidades, desenvolvida sob medida para o AMG One.

O modelo vai de o a 200 km/h em apenas sete segundos, um feito para poucos esportivos. A velocidade máxima estimada pela Mercedes é de cerca de 350 km/h (219 mph). É esperado que o AMG One seja coroado em breve como o carro de produção mais rápido a percorrer o tradicional circuito de Nürburgring.

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Via: Motor1

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