O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (22), a campanha Nacional de Prevenção à varíola dos macacos. De acordo com informações da Agência Brasil, a ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos suspeitos.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, autorizou, na última terça-feira (16), a veiculação da campanha nacional de prevenção à doença. A petição foi feita pelo Secretário de Comunicação Social do Ministério das Comunicações, André de Sousa Costa, e foi atendido devido o ministro entender que a divulgação é de “interesse público”.
Entramos, também na semana passada, na fase de campanha eleitoral. De acordo com a Lei, é proibida a publicação de peças institucionais que causem a promoção do governo ou que desequilibre a disputa eleitoral, por isso o pedido com autorização do TSE foi necessário.
Até o momento, em todo o mundo foram registrados mais de 41,5 mil casos da doença. No Brasil, conforme a última atualização do Ministério da Saúde, de 21 de agosto, há 3.788 casos confirmados. A campanha adverte que a principal forma de prevenção é evitar contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados como, por exemplo, copos, talheres, lençóis e toalhas.
Outro ponto destacado pelas autoridades de saúde é que a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias. Nesse período é possível haver transmissão. Entre os casos registrados, o contágio ocorre, especialmente pelo contato físico pele a pele com lesões ou fluidos corporais. Em pessoas infectadas, febre, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios são os sintomas mais comuns.
Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha tratamento. O ministro também ressaltou a diferença do vírus da varíola dos macacos para a Covid-19.
“A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, explicou.
Vale aqui destacar também que, apesar do nome, a varíola dos macacos não é transmitida por macacos. Em outra ocasião, o gestor também fez um apelo para a não agressão desses animais.
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Vacina varíola dos macacos
O Ministério da Saúde iniciou no mês passado as tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença. A previsão é que os imunizantes cheguem em meados de setembro.
Na sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da varíola dos macacos. A decisão, aprovada por unanimidade, irá simplificar a análise documental e facilitará o acesso da população brasileira às vacinas. Saiba mais aqui!
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