O que vai acontecer quando o Sol morrer? Esse é um antigo debate da astronomia e que felizmente nós não vamos saber os detalhes tão cedo, mas a única certeza é que toda a vida na Terra correria um enorme risco de ser extinta. Um estudo feito usando dados coletados pela sonda Gaia reúne mais informações sobre esse processo e indica que a Terra poderia ser simplesmente aniquilada quando o Sol se tornar uma gigante vermelha.

A morte de estrelas é um processo extremamente violento e normalmente, quando o combustível começa a acabar elas crescem de forma impressionante e devoram boa parte do que está em sua volta. No caso do nosso sistema, o Sol deve engolir Mercúrio, Vênus e talvez o planeta Terra. 

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A pesquisa da Universidade de Santa Cruz, na Califórnia, realizou simulações hidrodinâmicas tridimensionais para entender uma série de resultados depois que um planeta é engolido por uma estrela parecida com o Sol. O processo depende do tamanho do planeta e do estágio da estrela. 

“Para o caso da Terra, acho que não está claro se ela será engolida ou não, mas certamente se tornará impossível viver nela”, disse Ricardo Yarza, estudante de pós-graduação em astronomia da universidade, ao The New York Times. New York Times .

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O principal problema começa quando o sol perde o hidrogênio para queimar e se torna uma gigante vermelha, expandindo seu já gigantesco tamanho em centenas de vezes. 

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Imagem: Sol brilhante no céu estrelado. Créditos: Lukasz Pawel Szczepanski/Shutterstock

Quando o Sol vai morrer?

Como publicado recentemente pelo Olhar Digital com resultados de uma pesquisa também usando dados da sonda Gaia, embora a massa de uma estrela não mude à medida que ela envelhece, sua temperatura altera muito significativamente, conforme ocorre a fusão nuclear em seu interior, que é observada como variações na intensidade de seu brilho.

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Nosso Sol é classificado como uma estrela de sequência principal do tipo G, ou anã amarela (mesmo que não seja realmente amarelo como pensamos). Ele tem em torno de 4,57 bilhões de anos, o que corresponde a cerca de metade de sua vida sequência principal. Segundo Creevey, nele também ocorre a fusão termonuclear, gerando uma temperatura de superfície de quase 5.500ºC. 

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Olhar para outras estrelas do tipo G deve nos dar uma boa ideia do quanto nosso Sol aguenta continuar queimando combustível – e quando ele pode eventualmente se esvair.

Creevey e sua equipe começaram a vasculhar os dados de Gaia com o objetivo de obter dados precisos de estrelas com temperaturas relativamente “mais frias”, entre 2.700ºC e 9.700ºC. Isso porque estrelas de baixa temperatura tendem a ser menores e vivem mais do que as mais quentes. 

Segundo o estudo de Creevey e sua equipe, publicado no jornal Astronomy & Astrophysics, o Sol está aumentando seu brilho em cerca de 10% a cada bilhão de anos, o que significa que também está aumentando de temperatura. Essa mudança parece pequena, mas tornará a Terra inabitável à vida como a conhecemos.

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