O campo magnético da Terra foi atingido, no último domingo, por um fluxo de tempestade solar inesperado, cuja velocidade atingiu 600 quilômetros por segundo. O Observatório do Clima do Espaço Profundo (DSCOVR – sigla em inglês) da NASA detectou correntes de vento solar leves, que aumentaram significativamente e inesperadamente ao longo do dia. O registro foi no último domingo (7).

A causa desta tempestade solar ainda é desconhecida. Foram levantadas duas hipóteses que podem preencher essa lacuna: acredita-se que um buraco equatorial na atmosfera solar, detectado dois dias depois da tempestade, pode estar envolvido neste fenômeno; ou simplesmente pode ter sido uma ejeção de massa coronal (CME) aleatória.

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Os cientistas tentam monitorar os “buracos coronais” da nossa estrela, para prever quando uma “ejeção de massa coronal” (CME – sigla em inglês) vai acontecer e quão poderosa ela será. Desta vez, foi imprevisível e como resultado foram vistas auroras inesperadas aqui na Terra. Particularmente, em 2022, aconteceram muitas tempestades solares, pois o Sol está na fase ativa do seu ciclo solar de 11 anos. A Terra foi atingida por CMEs vindas de buracos coronais gigantes com mais de 2,5 vezes o tamanho da Terra.

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Esse tipo de evento é relativamente comum e ocorre quando um fluxo de partículas altamente energizadas e plasma não conseguem ser contidas pela gravidade do Sol e acabam explodindo em direção à Terra. De acordo com o Space Weather, “hoje em dia, o sol ativo está produzindo tantas pequenas explosões, que é fácil ignorar CMEs mais fracas indo para a Terra”. Felizmente, graças à atmosfera do nosso planeta, o vento solar não prejudicou os satélites de telecomunicações ou as redes de energia elétrica. Essa ejeção de massa coronal foi classificada como G2 moderada (em uma escala que parte de G1 a G5, sendo G1 as mais leves e as G5 as mais poderosas).

Tempestades solares e o ciclo

A tempestade é resultado do atual ciclo solar, considerado bastante intenso por especialistas. Sempre que os pólos magnéticos do sol se invertem, começa um novo ciclo solar. Esse processo acontece aproximadamente a cada 11 anos é observado com atenção pelas agências espaciais já que pode determinar a durabilidade de tecnologias enviadas ao espaço e até mesmo a saúde dos astronautas.

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O ciclo atual começou em dezembro de 2019, e antes disso estávamos em um período de bastante calmaria, já que o ciclo anterior era considerado tranquilo, com baixa quantidade de vento solar expelido da estrela no centro do nosso sistema. No entanto, o ciclo atual é considerado mais intenso e desde de outubro do ano passado, o sol está expelindo mais vento e gerando manchas e erupções solares de forma mais frequente. 

Via: ScienceAlert

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