Fóssil gigante de dinossauro é encontrado no Marrocos; confira

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 25/08/2022 18h10
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Imagem: Fotografia do crânio do mosasauro encontrado no Marrocos. Créditos: Universidade de Bath
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Um fóssil de mosasauro, uma espécie de lagarto marinho que viveu há 66 milhões de anos, foi descoberto nos leitos fósseis do Marrocos. O atrox thalassotitan não foi o primeiro do tipo encontrado no local, mas é o maior visto até agora.

Os pesquisadores acreditam que esse animal tinha de 9 a 10 metros de comprimento -um pouco maior que uma orca – e se alimentava de outras criaturas marinhas, como tartarugas marinhas, plesiossauros e até mesmo outros mosasauros. Os fatos que corroboram com essa perspectiva são os desgastes encontrados nos dentes do fóssil e a grande presença de despojos de outros animais no local.

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Segundo pesquisas anteriores, outros mosasauros procuravam presas menores, como peixes e amonitas (que nem sempre eram tão pequenas) para se alimentarem. O seu tamanho, imponência e suposta ferocidade, provavelmente deixaram o atrox thalassotitan no topo da cadeia alimentar, mantendo o equilíbrio do ecossistema marinho.

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Imagem: Fotografia do crânio do mosasauro encontrado no Marrocos. Créditos: Universidade de Bath

Animal “incrível e aterrorizante”

O paleontólogo e biólogo evolucionário Nick Longrich, da Universidade de Bath, no Reino Unido, disse que o “thalassotitan era um animal incrível e aterrorizante”. Dentre os resto mortais encontrados, os cientistas viram crânios de quase 1,5 metros de comprimento, vértebras, ossos de membros e falanges. Juntos, eles permitiram uma descrição completa do crânio, mandíbula e dentes de Thalassotitan, bem como do esqueleto, ombros e membros dianteiros.

Gráfico que apresenta a comparação de tamanhos entre um ser humano, uma orca e o mosasauro encontrado no Marrocos. Créditos: Universidade de Bath

As análises indicam que, nos últimos 25 milhões de anos do Cretáceo, os mosasauros tornaram-se cada vez mais especializados e diversos. Essa nova descoberta sugere que eles eram ainda mais diversos do que se imaginava – e que, apesar de sua ferocidade, o ecossistema no qual estava inserido ainda era dotado de diversidade suficiente para manter seu equilíbrio e prosperar.

Via: Science Alert

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.