EUA e China fecham acordo inédito que permite auditoria de empresas chinesas

Pequim e Washington chegaram a um acordo preliminar que permitirá que autoridades norte-americanas revisem documentos de auditoria de empresas chinesas que negociam com os Estados Unidos. Com a decisão, cerca de 200 empresas chinesas como Alibaba Group, JD.Com Inc e NIO INC, poderão permanecer listadas na bolsa de valores de Nova York. 
Por William Schendes, editado por André Lucena 26/08/2022 23h59
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Pequim e Washington chegaram a um acordo preliminar que permitirá que autoridades norte-americanas revisem documentos de auditoria de empresas chinesas que negociam com os Estados Unidos. Com a decisão, cerca de 200 empresas chinesas como Alibaba Group, JD.Com Inc e NIO INC poderão permanecer listadas na bolsa de valores de Nova York. 

O acordo é um passo importante para os reguladores dos EUA que há mais de uma década têm exigido acesso aos documentos de auditoria de empresas chinesas listados na bolsa americana.

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Há mais de uma década, por questões de segurança, Pequim tem se negado a permitir que reguladores estrangeiros inspecionem as empresas de contabilidade. De acordo com o  Conselho de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB, na sigla em inglês), as posições tomadas pelas autoridades da China “obstruíram completamente a capacidade do PCAOB de inspecionar e investigar empresas de contabilidade pública registradas na China continental e em Hong Kong”. O conselho informou que esse acordo com a China foi o mais detalhado e prescritivo já feito. 

O presidente da Bolsa de Valores de Nova York, Lynn Martin, ressaltou a importância do acordo preliminar. “Este acordo é um desenvolvimento importante para a economia global e nossos mercados de capitais dos EUA, que permanecem proeminentes em grande parte por causa de sua capacidade de equilibrar a proteção dos investidores e o acesso às principais empresas do mundo”, disse Martin.

Logo da Alibaba Group
Com o acordo a Alibaba Group poderá permanecer listada na bolsa de valores de Nova York. (Imagem: Koshiro KShutterstock)

O acordo ocorre em meio a tensão entre Washington e Pequim devido a visita da presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, a Taiwan. O que não foi visto com bons olhos pelas autoridades da China.

Imagem: Studio Romantic/Shutterstock

Com informações de Reuters e Bloomberg

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.