A Fundação do Câncer e a Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares) lançaram a campanha “Cigarro eletrônico: Parece inofensivo, mas não é”. A campanha destina-se à toda a população, mas tem foco especial nos jovens.

O cirurgião oncológico e diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, em entrevista à Agência Brasil, disse que a temática deste ano é o cigarro eletrônico, pois, mesmo que sua comercialização e propaganda estejam proibidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009, “sabemos que o cigarro eletrônico está difundido no meio dos jovens e é porta de entrada importante para o vício do tabaco“.

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De acordo com o médico, os cigarros eletrônicos estão “disfarçados” em diversos formatos, aromas e sabores, quando às vezes até carregam concentrações de nicotina muito maiores que do que o cigarro normal.

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A norma é que o cigarro comum tenha até um grama de nicotina, enquanto que os cigarros eletrônicos chegam a ter até sete gramas por unidade, segundo Maltoni. Vale lembrar que a nicotina é a substância responsável por provocar o vício.

Alta taxa de jovens usando cigarro eletrônico

Uma pesquisa recente do Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia) e realizada pela Vital Strategis em parceria com a UFPel (Universidade Federal de Pelotas), um em cada cinco jovens brasileiros, na faixa de 18 a 24 anos, usa o cigarro eletrônico.

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Luiz Augusto faz um alerta para os números. “20% dos jovens usando o cigarro eletrônico é muito alarmante, pois trata-se de dispositivo proibido no Brasil”. Sendo assim, o foco da campanha é o de sensibilizar os jovens de que o cigarro eletrônico é uma enganação. “Ele não é inócuo, mas produz uma série de doenças e agravos”, disse.

Além de chamar atenção para o perigo destes dispositivos, a campanha quer mostrar a ilegalidade da venda e estimular as pessoas a denunciar pontos de venda.

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Ilustração de cigarro eletrônico
Cigarro eletrônico (Imagem: Shutterstock)

A presidente da Anup, Elizabeth Guedes, destacou a importância de centros educacionais, como universidades, na disseminação das informações. “(Elas) têm papel social importante de esclarecimento e mobilização para que os jovens não adquiram esse hábito que pode trazer inúmeras consequências para a saúde”, afirmou.

O material da campanha pode ser baixado gratuitamente no site da Fundação do Câncer, estando disponível para divulgação em redes sociais e para impressão por todas as universidades públicas e particulares.

Parceira da campanha, a concessionária Ecoponte a divulgará em displays existentes na ponte Rio-Niterói.

Com informações de Agência Brasil

Imagem destacada: Oleggg/Shutterstock

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