Telescópio confirma presença de água na superfície iluminada da lua

Por Rodrigo Mozelli, editado por Acsa Gomes 02/09/2022 06h00, atualizada em 05/09/2022 14h14
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Após novas observações, o telescópio aéreo SOFIA (em português: Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha) conseguiu identificar a presença de água nas áreas iluminadas da lua. Anteriormente, a crença dos cientistas era de que só havia água nas crateras lunares. A descoberta foi publicada na revista científica Geophysical Research Letters.

Observações realizadas em 2020 deram a entender que poderia haver a existência de água fora das crateras lunares não iluminadas pelo Sol. A nova observação indica a possibilidade de haver ainda mais água do que se imaginava no satélite natural da Terra.

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Os cientistas responsáveis pela observação da lua via SOFIA afirmaram, em comunicado, que a descoberta da presença de água fora das crateras pode dar uma dica sobre a origem da água lunar.

A análise de 2020, na qual houve a detecção de água perto da cratera Clavius, foi considerada “insuficiente”. O novo estudo, porém, inclui um número maior de observações, segundo os pesquisadores.

Mapa mostra regiões lunares iluminadas com água (Imagem: Divulgação/Honniball et al. and Applied Coherent Technology Corp)

Tal afirmação é comprovada pelo fato de a equipe ter conseguido criar um mapa detalhado da distribuição de água na região da cratera Moretus (imagem acima), que mostra como a abundância da água em solo lunar varia de acordo com a temperatura e a latitude (quanto mais próximo do polo e quanto menor a temperatura, há mais água).

Casey Honniball, líder dos estudos, afirmou que “encontrar água na lua é empolgante, pois nos permite estudar os processos que ocorrem não somente na lua, mas também em outros corpos com ausência de oxigênio”.

O pós-doutorado completou: “(A água) é de extrema importância como recurso para a exploração humana. Se acharmos altas concentrações de água na superfície da lua – e aprender como ela é armazenada e em qual estado da matéria -, podemos aprender como extraí-la e usá-la como oxigênio respirável, ou como combustível para foguetes para uma presença mais sustentável.”

Imagem destacada: Dotted Yeti/Shutterstock

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Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.