O Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos (Monkeypox) na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Com isso, profissionais de estabelecimentos públicos e privados ficam obrigados a informar às autoridades, em até 24 horas, sobre os casos confirmados da doença, conforme divulgou a Agência Brasil.
A medida, assinada pelo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, foi publicada na quinta-feira (1°) no Diário Oficial da União (DOU) e estabelece que os casos devem ser relatados diretamente ao Ministério da Saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, em julho deste ano, o surto de monkeypox uma emergência de saúde pública de interesse internacional. No Brasil, o primeiro diagnóstico confirmado foi no início de junho, em São Paulo (SP). A primeira morte associada à doença ocorreu no fim de julho, em Belo Horizonte (MG), e a segunda, mais recente, no Rio de Janeiro.
Segundo o boletim epidemiológico que o Ministério da Saúde divulgou no fim da tarde da quarta-feira (31), o Brasil já contabiliza 5.037 casos confirmados da doença, além de outros 5.391 suspeitos. A maior parte dos doentes está no estado de São Paulo, onde, até o dia da divulgação, 3.001 casos já tinham sido confirmados. Em seguida está o Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278). Casos em animais, como cachorros, também já foram notificados no país.
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Causada por um vírus, a Varíola dos Macacos pode ser transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada cuja pele esteja lesionada. O contágio pode se dar por abraços, beijos, massagens ou relações sexuais. A doença também pode ser transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, na semana passada, o uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil. O primeiro lote do fármaco chegou ao país na segunda-feira (29) e serão direcionados, inicialmente, apenas a pessoas expostas ao vírus (como profissionais da área da saúde) e pacientes com potencial para desenvolver um quadro grave da doença (imunossuprimidos).
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