Rússia chama a Estação Espacial Internacional de “perigosa e inadequada”

Por Gabriel Caldini, editado por André Lucena 05/09/2022 18h30, atualizada em 05/09/2022 20h58
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Imagem: Estação espacial internacional em órbita do planeta Terra. Créditos: Dima Zel/Shutterstock.
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O diretor-geral do programa espacial da Rússia, Yuri Bosov, afirmou, nesta quinta-feira (01), que a Estação Espacial Internacional (ISS) é “perigosa e inadequada para o seu propósito”. A declaração veio em meio a planos do país de abandonar o projeto e lançar sua própria estação.

Bosov alegou que falhas de equipamentos e peças velhas põem em risco a tripulação da ISS, que, em 2022, completa 24 anos orbitando o planeta Terra. A estação conta com astronautas de diversos países e representava um raro ponto de cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos, até mesmo com a deterioração dos laços diplomáticos entre ambos.

Contudo, a invasão russa da Ucrânia e as subsequentes sanções ocidentais a Moscou dificultaram significativamente a parceria, ao ponto de a Rússia dar sinais de que pretende deixar a ISS e construir sua própria estação espacial a partir de 2024.

“Tecnicamente, a ISS excedeu o seu período de garantia. Isso é perigoso”, disse Borisov. “Uma série de falhas de equipamentos está começando. Rachaduras estão aparecendo.”

Os planos da Rússia

Segundo ele, a estação espacial russa orbitará a Terra nas regiões polares, permitindo que ela observe muitas áreas além do território da Rússia e também colete de dados sobre a radiação cósmica.

Ainda nesta quinta-feira, o diretor-geral disse que o projeto está aberto para cooperação com o que ele chama de ‘países amigáveis’, inclusive para futuros esforços de exploração lunar e do espaço profundo. “A Rússia está buscando maneiras de interagir com seus colegas mais próximos, sobretudo a China”, afirmou.

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Quanto às desavenças do país, Borisov destacou a Agência Espacial Europeia, que recentemente decidiu encerrar sua cooperação com a Rússia no desenvolvimento do rover ExoMars, um robô cujo objetivo é buscar sinais de vida em Marte até o fim da década.

“Grandes somas de dinheiro e um enorme esforço foram gastos naquilo [o rover], mas a política interveio, e qual foi p resultado? Não deveria ser assim. Isso está errado”, declarou Borisov.

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Redator(a)

Gabriel Caldini é redator(a) no Olhar Digital

André Lucena
Ex-editor(a)

Pai de três filhos, André Lucena é o Editor-Chefe do Olhar Digital. Formado em Jornalismo e Pós-Graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte, ele adora jogar futebol nas horas vagas.

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